Carlos Zarattini, deputado e relator da medida provisória (MP) 1.303/2025, que propõe mudanças no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmou que, com as alterações feitas em seu relatório, a previsão de arrecadação para 2026 caiu para R$ 17 bilhões, uma redução de R$ 3 bilhões em relação à estimativa inicial.
Segundo Zarattini, essas mudanças representam uma diminuição significativa no valor esperado. A votação da MP foi adiada para que líderes do Senado pudessem discutir pontos importantes do texto, conforme pedido do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
A MP foi criada como uma alternativa ao aumento das alíquotas do IOF. Inicialmente, a arrecadação prevista para 2025 era de R$ 10,5 bilhões e para 2026 de R$ 21,8 bilhões.
Alguns pontos da MP foram alterados durante o processo, incluindo a redução da taxação sobre debêntures incentivadas, Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e do setor imobiliário (LCIs).
Zarattini destacou que, caso a comissão aprove a MP ainda hoje, ela pode ser encaminhada rapidamente para votação no plenário da Câmara dos Deputados, demonstrando que a vontade política pode agilizar o processo.
Essas mudanças indicam um esforço para equilibrar a arrecadação sem sobrecarregar setores específicos, buscando um impacto mais moderado para a economia.