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quinta-feira, 19/06/2025




Xi Jinping acusa Israel e Putin mantém neutralidade no conflito com Irã

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Xi Jinping e Vladimir Putin, presidentes da China e da Rússia, respectivamente, fizeram suas primeiras declarações a respeito da guerra no Oriente Médio, que surgiu após os ataques de Israel ao Irã na semana passada. Xi Jinping responsabilizou Israel pela crise e defendeu a diminuição das hostilidades. Já Putin afirmou que a Rússia mantém uma postura neutra e não pressionará nenhuma das partes envolvidas.

O líder chinês declarou que seu país está pronto para cooperar com os envolvidos para restaurar a paz e a estabilidade. Antes disso, o Ministério das Relações Exteriores chinês pediu que os aliados de Israel pressionem por um cessar-fogo para evitar uma escalada maior do conflito.

A fala de Xi Jinping ocorreu em Astana, capital do Cazaquistão, durante uma reunião com representantes dos países da Ásia Central, no dia 17. Ele enfatizou a necessidade de todas as partes trabalharem juntas para acalmar a situação o mais rápido possível e impedir uma nova intensidade nos confrontos.

O presidente chinês expressou sua desaprovação às ações de Israel, que iniciou os ataques ao Irã no dia 13, provocando uma série de retaliações em curso. Segundo ele, a China se opõe a quaisquer ações que violam a soberania, segurança e integridade territorial de outras nações. Conflitos militares não resolvem problemas e aumentar as tensões regionais vai contra os interesses da comunidade internacional.

Xi Jinping alertou que os ataques de Israel ao Irã causaram uma rápida elevação da tensão no Oriente Médio, preocupando profundamente a China. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Guo Jiakun, ressaltou que a China mantém comunicação com Irã, Israel e outros países para tentar alcançar um cessar-fogo e anunciou que cidadãos chineses estão sendo retirados das áreas afetadas.

A China pediu que todos os países com influência especial sobre Israel assumam responsabilidades e tomem medidas imediatas para acalmar a situação e evitar que o conflito se agrave e se espalhe, sem mencionar diretamente os Estados Unidos, principal aliado de Israel e rival do Irã.

Como maior importador de petróleo iraniano, a China evita um envolvimento militar direto e, apesar de seus interesses econômicos na região, parece preferir não interferir nos conflitos locais. Paralelamente, a opinião pública chinesa advoga por uma postura pacífica dos EUA, alertando sobre os perigos do envolvimento americano, especialmente diante das declarações ambíguas do presidente Donald Trump.

Em entrevista, Putin expressou a necessidade de encontrar soluções conciliatórias entre os envolvidos e reiterou que a Rússia permanecerá neutra neste conflito. Sua posição foi dada durante uma coletiva com agências internacionais, onde destacou a importância de agir com cautela para alcançar um acordo.

Enquanto o conflito se desenvolve, líderes globais, incluindo os membros do G7 e países árabes liderados pelo Egito, têm pedido a redução nas hostilidades, com apelos a cessar-fogos, principalmente na Faixa de Gaza, embora sem uma menção explícita a um cessar-fogo envolvendo o Irã.




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