Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro (PL), assegurou que a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente continuava operando segundos após sua prisão preventiva realizada na manhã deste sábado (22/11).
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fundamentou sua decisão de decretar a prisão preventiva devido à violação do dispositivo, que Bolsonaro usava durante o regime de prisão domiciliar.
Em post no X (antigo Twitter), Wajngarten questionou como um equipamento que teria sido rompido e violado poderia estar funcionando normalmente cerca de nove horas depois. Ele também destacou que nenhum dos filhos do ex-presidente estava presente na residência no momento da detenção.
“O presidente jantou e tomou sopa ontem com quatro irmãos e cunhados, tomou medicamentos para soluços, ficou sonolento e foi dormir por volta das 22h. Nenhum filho se encontrava na casa”, relatou.
Ele também classificou a prisão sob caráter preventivo como “inacreditável” e “vergonhosa”, enfatizando a situação delicada da saúde do ex-presidente e o timing da ação, em pleno sábado.
Relatórios do Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal enviados ao STF indicam que houve uma tentativa de violação da tornozeleira à 0h08 do mesmo dia. Embora o dispositivo não tenha sido rompido, o documento aponta intenção clara de violação com objetivo de fuga, aproveitando a confusão gerada por uma manifestação convocada pelo filho de Bolsonaro.
A manifestação referida foi uma vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) em frente ao Condomínio Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico. Tal ato também motivou a Polícia Federal a solicitar a prisão preventiva de Bolsonaro, devido ao risco à ordem pública.
Condenado a 27 anos e três meses de prisão pela tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022, Bolsonaro foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília.
