Pelo menos 25 pessoas faleceram após consumirem vodca adulterada e de baixo custo na Rússia. Autoridades investigativas confirmaram a presença de metanol em mais de seis corpos no sábado (27/9). Uma situação semelhante foi registrada em São Paulo recentemente.
Informações iniciais apontam que um grupo em Slantsys sofreu intoxicação na sexta-feira (26/9) após consumir vodca. Todas as vítimas haviam ingerido bebidas alcoólicas comercializadas ilegalmente.
Uma análise forense revelou altos ou letais níveis de metanol nos corpos de seis pessoas que morreram entre 10 e 17 de setembro, conforme comunicado de um investigador russo.
Até agora, 14 pessoas foram detidas em três investigações criminais semelhantes. A Procuradoria da região de Leningrado informou que o álcool clandestino, usado para fabricar a vodca, foi fornecido por um morador local e distribuído por outros suspeitos.
Entre os presos estão Olga Stepanova, 60 anos, acusada de fornecer o álcool, e Nikolai Boytsov, 78 anos, que comercializou a bebida adulterada. As investigações prosseguem.
Em São Paulo, nove casos e duas mortes por intoxicação por metanol ocorreram em 25 dias após consumo de bebidas alcoólicas falsificadas. Os óbitos aconteceram na capital paulista e em São Bernardo do Campo, região metropolitana. A confirmação foi realizada pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) no sábado (27/9).
O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e do Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP), publicou recomendações urgentes para estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas em São Paulo e áreas vizinhas.
As autoridades suspeitam que o metanol, um solvente utilizado na produção de combustível, esteja sendo empregado para falsificar bebidas como gin, uísque e vodca.