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Uma jovem britânica de 22 anos contraiu a doença como parte de um estudo clínico que terá um ano de duração

Siân Rogers, de 22 anos, aceitou participar de estudo clínico remunerado para testar uma nova vacina contra a febre tifoide. O experimento, que durará 1 ano, envolve ser infectada pela doença e tomar 3 doses da nova vacina(VEJA.com/Reprodução)
Siân Rogers, de 22 anos, aceitou participar de estudo clínico remunerado para testar uma nova vacina contra a febre tifoide. O experimento, que durará 1 ano, envolve ser infectada pela doença e tomar 3 doses da nova vacina(VEJA.com/Reprodução)

Siân Rogers, uma estudante britânica de 22 anos, aceitou participar de um estudo clínico para febre tifoide. Como parte do ensaio, que terá duração de um ano, a jovem precisou ser infectada pela doença. Em contrapartida, ela irá receber 3.000 libras, o que equivale a cerca de 16.000 reais. As informações são da BBC Brasil.

Embora tenha afirmado que seu maior interesse ao participar deste tipo de estudo é o dinheiro, Siân apontou um segundo motivo para aceitar o convite. “É muito importante que tenhamos pesquisas médicas. Doenças como a febre tifoide em alguns países pode matar pessoas”, disse ela ao Newsbeat, programa de rádio da rede BBC.

O interesse de Siân pelos estudos clínicos começou quando ela viu em sua faculdade, a Universidade Oxford Brookes, na Inglaterra, um cartaz convocando participantes para um estudo sobre ansiedade. Entretanto, a jovem foi rejeitada por ser “muito feliz”. Foi aí que ela decidiu procurar outras oportunidades e encontrou um teste clínico sobre ebola.

Enquanto estava em uma sala de espera para o estudo de ebola, a jovem viu o cartaz de convocação para o estudo de febre tifoide e decidiu se inscrever. Após ser aprovada para participar, a estudante voltou ao local no dia 1º de fevereiro, quando tomou um copo d’água contendo a bactéria Salmonella typhi ─ que transmite a febre tifoide.

Ao longo de duas semanas após tomar a água contaminada, Siân precisou ir todos os dias ao hospital para fazer um check-up, além de manter um diário sobre a temperatura de seu corpo.

“A primeira semana foi tranquila. Já na segunda comecei a sentir muita tontura. Eu tinha uma apresentação na faculdade e não consegui me levantar. Lembro-me de que na terça-feira daquela semana, eu já não conseguia nem sair da cama. Só piorou, até eles me darem os antibióticos e então comecei a me sentir melhor muito mais rápido”, contou a jovem.

A jovem também recebeu a primeira dose, de três, da vacina que está sendo testada contra a doença. Agora que se recuperou, Siân só precisa voltar ao hospital quatro vezes durante o ano para um check-up eventual. Apesar dos sintomas, a jovem afirma que em nenhum momento ficou com medo.

Segundo a BBC, testes clínicos que envolvem contrair doenças, como ebola ou febre tifoide não são comuns no Reino Unido. O estudo do qual Siân está participando é realizado pelo Grupo de Vacinas de Oxford (OVG, na sigla em inglês), que realiza pesquisas sobre vacinas para adultos e crianças na Universidade Oxford, na Grã-Bretanha.

Febre tifoide – A febre tifoide é uma doença altamente contagiosa causada pela bactéria Salmonella typhi. Sua transmissão é feita pelo contato com fezes ou urina do doente e os sintomas incluem dor de estômago, dor de cabeça, febre alta e constipação ou diarreia. Quando não tratada, um quinto das pessoas morre, mas a administração de antibióticos costuma curar a doença em 15 dias.

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