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quinta-feira, 18/09/2025

Viúva afirma que Navalny foi envenenado, segundo testes

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Yulia Navalnaya, viúva do opositor russo Alexei Navalny, que faleceu em uma colônia penal no Ártico, revelou nesta quarta-feira (17/09) que exames laboratoriais feitos em países estrangeiros mostram que a morte de seu marido foi causada por envenenamento.

Alexei Navalny, líder da oposição ao presidente russo Vladimir Putin, morreu aos 47 anos em fevereiro de 2024 sob circunstâncias suspeitas enquanto cumpria uma pena de 19 anos de prisão. Segundo as autoridades da prisão IK-3, localizada na cidade de Kharp, Navalny faleceu subitamente após uma caminhada.

Yulia Navalnaya acusa o governo russo de ter cometido um assassinato, o que o Kremlin nega categoricamente. Ela explicou que conseguiu enviar discretamente ao exterior amostras do corpo de Navalny para análises detalhadas. Laboratórios em dois países confirmaram que ele foi envenenado, embora não tenham divulgado o tipo da substância tóxica encontrada.

Alexei Navalny ganhou notoriedade há mais de 10 anos por criticar abertamente a elite ligada a Putin e expor casos de corrupção. Em 2020, ele sofreu uma tentativa de envenenamento com Novichok, um agente neurotóxico da era soviética, episódio atribuído ao serviço secreto russo, FSB, por países ocidentais.

Após tratamento na Alemanha, Navalny retornou à Rússia em 2021, onde foi detido imediatamente e desencadeou grandes manifestações populares. Em 2023, durante um julgamento fechado, recebeu uma sentença adicional de 19 anos sob acusações que incluem terrorismo e promoção do nazismo.

Mesmo preso, tornou-se ativo na oposição contra Putin e criticou a invasão da Ucrânia. Em meio à campanha contra a reeleição do presidente em 2023, foi transferido para uma prisão no Ártico, onde morreu alguns meses depois.

A demora das autoridades em entregar o corpo aos familiares após a morte despertou desconfianças entre os apoiadores de Navalny.

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