Durante o debate sobre quem será o vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na chapa para as eleições presidenciais de 2026, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), declarou que a decisão dependerá da popularidade de Lula nas pesquisas do próximo ano. O parlamentar falou nesta quarta-feira (19/11) ao Metrópoles para o colunista Paulo Cappelli.
“O que vai determinar a aliança é a popularidade do presidente, a possibilidade de vitória do presidente. Tenho certeza que o presidente vai vencer, tem todo um jogo antes, e depende disso”, comentou o líder petista.
Mesmo assim, Lindbergh defendeu o atual vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin (PSB), como o mais indicado para continuar na função.
“Para mim, ele é o vice ideal, desempenha um papel importante, é um dos melhores quadros públicos do país, uma pessoa séria, com grande estima do presidente Lula, representa a frente ampla, participou significativamente na discussão das tarifas, mantém diálogo com o setor industrial e lidera uma política bem conduzida. Sinceramente, não vejo razão para mudança, foi uma grande escolha.”
Nos bastidores de Brasília, surgiram especulações sobre possíveis candidatos para o posto de vice na chapa de Lula. Entre os nomes mencionados estão o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e o atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT).
Essas sugestões ganharam força após a dúvida sobre a permanência de Alckmin na chapa em 2026, já que ele poderia disputar uma vaga no Senado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) no mesmo ano.
Ainda que a decisão dependa das pesquisas, Lindbergh negou que haja qualquer intenção do PT ou de Lula de prescindir de Alckmin para abrir espaço a outro partido de centro. Ele só deixaria a chapa se essa fosse uma opção escolhida.
Lula confirmará candidatura em 2026
Em recente discurso durante uma viagem oficial pela Ásia, Lula afirmou que pretende buscar um quarto mandato como presidente.
“Quero dizer que, mesmo com 80 anos, mantenho a mesma disposição e vigor de quando tinha 30. Estou decidido a disputar a presidência pela quarta vez no Brasil”, declarou.