Os viadutos 10 e 11, localizados nas alças de retorno entre o Eixo Rodoviário Leste (ERL) e Oeste (ERW), tiveram o trânsito parcialmente bloqueado devido às obras de reparo estrutural. Os trabalhos começaram em setembro do ano passado, depois que inspeções mostraram danos nas vigas e no aço, causando transtornos para os motoristas que usam a via.
A Novacap informou que cerca de 30% da obra já foi concluída, com previsão de término no segundo semestre do próximo ano. “Por questões de segurança, antecipamos o suporte do viaduto, o que afetou o trânsito porque as rotas alternativas ainda não estavam prontas”, declarou a empresa.
Carlos Alberto Spies, diretor de Planejamento e Projetos da Novacap, explicou que o ritmo das obras está lento devido à complexidade, com operários trabalhando manualmente nas áreas mais críticas, como as vigas rompidas. Atualmente, preparam a instalação de novas vigas e cabos de proteção antes de usar maquinário pesado. “O viaduto está fragilizado, mesmo com suporte, por isso, máquinas grandes só serão usadas após reforços iniciais”, afirmou.
Os viadutos, construídos na década de 1950 com a técnica chamada ‘caixão perdido’, têm vigas internas que dificultam inspeções preventivas, pois exigiriam bloqueios do trânsito para abrir janelas de visitação. A gravidade dos danos só foi detectada após a interdição e início das obras, quando abriram acesso e retiraram o asfalto, encontrando vigas com aço partido e risco de colapso. A ação emergencial evitou um possível desabamento.
Spies destacou que a viga estava se soltando da laje, o que ameaçava o desabamento. O suporte emergencial garantiu estabilidade para o novo projeto estrutural, aprovado pela Novacap, que inclui novas vigas com cabos protendidos, aumentando segurança e durabilidade.
As intervenções começaram com a remoção das partes danificadas e do pavimento asfáltico. Os trabalhos envolvem perfuração do concreto para abrir fissuras, aplicação e injeção de resina epóxi para reforçar vigas e lajes. Embora pareça que a obra está parada, os trabalhos seguem de segunda a sábado, das 7h às 17h. “Estamos tomando todas as medidas para evitar danos maiores e garantir a segurança da população”, afirmou a Novacap.
Spies comentou que chegou a ser avaliada a opção de demolir e reconstruir os viadutos, mas a solução escolhida, de reforço e modernização, é a mais econômica e viável. A obra terá um aditivo contratual de até 50%, em análise pelo departamento jurídico. “A obra é essencial e não pode parar, pois toda a estrutura já está mobilizada”, ressaltou.
Espera-se que a recuperação termine no segundo semestre do próximo ano, devolvendo os viadutos em condições seguras para uso. Simultaneamente, a Novacap realiza estudos para avaliar outras estruturas no centro da cidade que podem precisar de reforços em breve.