A vereadora Amanda Vettorazzo, de São Paulo, comunicou em suas redes sociais que procurou o Ministério Público para tomar providências contra o rapper Filipe Ret. A atitude veio após o músico expressar apoio ao cantor carioca Oruam, durante a abertura de seu show no festival The Town, realizado no Autódromo de Interlagos, ao dizer: “Liberdade ao Oruam, porra. MC não é bandido”.
Para Amanda Vettorazzo, a utilização de um evento público para respaldar Oruam, atualmente detido em uma ala do Comando Vermelho, foi inaceitável.
“É inaceitável que um palco público da cidade de São Paulo seja usado para pedir a soltura de um criminoso. Embora tenha afirmado que MC não é bandido, Oruam é justamente isso. Ele se encontra atualmente preso na ala do Comando Vermelho”, declarou a parlamentar.
Posicionamento e proposta de lei
Essa situação se soma a críticas anteriores feitas por Amanda ao cantor de trap. No início do ano, ela apresentou um projeto de lei com a intenção de impedir que a Prefeitura contrate artistas que promovam o crime ou o uso de substâncias ilícitas em suas músicas.
Na ocasião, a vereadora afirmou em suas redes sociais: “Meu objetivo é impedir que Oruam realize shows em São Paulo! Chega de cantores de funk e rap fazendo apologia clara ao crime organizado. Facções criminosas são inimigas e devem ser tratadas como tal. Em São Paulo, não!”
O projeto chegou a receber o apelido de “Projeto Anti-Oruam” em alusão ao cantor.
Objetivo do projeto
No documento enviado à Câmara, Amanda Vettorazzo ressalta a importância de proteger crianças e adolescentes contra exposições a discursos que incentivem o crime organizado ou o consumo de drogas em eventos patrocinados com recursos públicos.
De acordo com ela, tais conteúdos contribuem para uma precoce exposição a temas inadequados à idade e maturidade psicológica dos menores, acelerando um fenômeno chamado “adultilização infantil”.
Tentativas de contato com o Ministério Público de São Paulo e com a parlamentar para obter mais informações não tiveram retorno até o momento.