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terça-feira, 16/09/2025

Verão extremo causou prejuízo de 43 bilhões à Europa

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A Europa enfrentou este verão eventos climáticos severos, e o aquecimento global promete intensificar e aumentar a frequência dessas catástrofes. É o que indica um estudo divulgado na segunda-feira (15/9) pela economista e pesquisadora Sehrish Usman, da Universidade de Mannheim, na Alemanha.

Foram registradas aproximadamente cem ondas de calor, quase duzentas secas e mais de cinquenta inundações em diferentes áreas do continente europeu. Além disso, incêndios florestais e danos provocados por ventos e granizo agravaram a situação.

Os custos gerados por essas desastres excederam as previsões iniciais, segundo Sehrish Usman. Estima-se que, entre junho e agosto de 2025, esses incidentes climáticos extremos acarretarão perdas econômicas da ordem de 43 bilhões de euros, e até 126 bilhões de euros ao longo de 2029.

Consequências duradouras

O estudo considerou não apenas os prejuízos diretos, como destruição de infraestrutura e colheitas, mas também os impactos prolongados na economia como um todo. Uma onda de calor, por exemplo, diminui a produtividade e o tempo de trabalho, afeta a saúde, investimentos locais, emprego, demografia e até o turismo.

Com base nessas análises, os custos macroeconômicos ligados aos desastres naturais do verão de 2025 podem alcançar 126 bilhões de euros até 2029. A escassez ou destruição de produtos devido à seca pode também pressionar a inflação a médio e longo prazo.

Espanha, França e Itália são os países europeus mais atingidos, com perdas que ultrapassam os 10 bilhões de euros neste ano, podendo alcançar mais de 30 bilhões de euros em médio prazo. Regiões da Europa Central e do Norte sofreram danos menores, porém, o aumento recente de inundações nessas áreas elevam o custo dos distúrbios climáticos.

Importância de reduzir a poluição

Os autores do estudo ressaltam que os valores apresentados provavelmente são subestimados, pois não contabilizam os efeitos combinados, já que ondas de calor e secas frequentemente ocorrem juntas, nem outras consequências das mudanças climáticas, como os incêndios.

Fica claro que os eventos climáticos extremos não são mais um risco distante, mas já impactam o crescimento econômico da Europa. O estudo destaca a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases que agravam o efeito estufa para mitigar esses efeitos.

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