24.5 C
Brasília
quarta-feira, 27/08/2025

Venezuela inicia nova convocação militar para civis

Brasília
céu limpo
24.5 ° C
24.5 °
20 °
36 %
3.6kmh
0 %
qui
30 °
sex
29 °
sáb
26 °
dom
29 °
seg
23 °

Em Brasília

Em resposta às pressões feitas pelos Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump, o governo venezuelano anunciou que haverá uma nova convocação para o alistamento de civis nas forças militares do país. Vladimir Padrino López, ministro da Defesa e Soberania, comunicou essa decisão em um discurso proferido na quarta-feira, 27 de agosto.

Segundo Padrino López, um dos líderes emblemáticos do chavismo, serão disponibilizados mil pontos de alistamento distribuídos pelos 225 municípios da Venezuela, ocorrendo nos dias sábado, 30 de agosto, e domingo, 31 de agosto.

Em uma ação realizada no último final de semana, o governo já havia feito uma convocação em massa para o alistamento militar, com o objetivo central de reforçar a Milícia Nacional Bolivariana.

Até o presente momento, não foi divulgado quantos civis se registraram ou de que maneira essas novas forças serão utilizadas. O ministro destacou que na convocação anterior houve uma adesão expressiva da população.

Contexto das tensões

Nos últimos dias, a situação na Venezuela tem se tornado cada vez mais tensa devido ao aumento da pressão do governo norte-americano contra a administração de Maduro. Os Estados Unidos classificaram o líder venezuelano como chefe de um cartel denominado Los Soles, que por sua vez foi considerado por Washington uma organização terrorista, em uma estratégia recente da política externa americana.

Essa reclassificação não é apenas simbólica: ela permite que os EUA realizem operações militares contra cartéis envolvidos no tráfico de drogas em outros países da América Latina.

Após essa medida, documentos assinados por Donald Trump instruíram o Pentágono a agir diretamente contra essas organizações criminosas. Como resultado, uma frota de três navios de guerra foi posicionada na costa venezuelana, transportando cerca de quatro mil soldados americanos.

Diante dessa ameaça declarada, o presidente venezuelano iniciou uma mobilização ampla das forças militares internas do país. Além da convocação de civis para o alistamento, mobilizou cerca de 4,5 milhões de milicianos e deslocou 15 mil militares para reforçar o controle na fronteira com a Colômbia.

A presença naval foi intensificada com a saída de navios de guerra para patrulhar as águas próximas, assegurando a soberania das áreas marítimas venezuelanas.

Veja Também