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quinta-feira, 18/12/2025

Venezuela alerta ONU sobre ameaças dos EUA e promete se defender

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A Venezuela recorreu novamente à Organização das Nações Unidas (ONU) para denunciar as ameaças feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmando que se protegerá em todas as áreas necessárias.

A declaração foi feita durante uma sessão da Assembleia Geral dedicada ao Dia Internacional contra o Colonialismo em todas as suas formas, realizada na quinta-feira (18/12).

O representante permanente da Venezuela na ONU, embaixador Samuel Moncada, declarou: “A República Bolivariana da Venezuela defenderá sua soberania, integridade territorial e independência em todos os campos necessários, visando preservar a paz e a segurança da nação”.

Contexto da Crise no Caribe

Desde agosto, os Estados Unidos intensificaram sua presença militar na América Latina e no Caribe, alegando o combate ao tráfico de drogas na região.

Esse esforço inclui uma frota de navios de guerra, caças F-35, um submarino nuclear, o porta-aviões USS Gerald R. Ford, além de fuzileiros navais.

Até agora, durante a chamada operação Lança do Sul, pelo menos 27 embarcações foram atacadas no Caribe e no Oceano Pacífico, resultando na morte de 99 pessoas.

O Pentágono afirma que essas embarcações estariam ligadas ao tráfico de drogas, embora não tenha apresentado provas concretas dessas acusações.

Além disso, a ofensiva também tem como alvo o presidente Nicolás Maduro, acusado pelos EUA de ser líder do cartel de Los Soles, recentemente classificado como uma organização terrorista.

Ao associar tráfico de drogas ao terrorismo, a administração norte-americana criou justificativas para realizar operações militares em outros países sob a alegação de combater o terrorismo.

Esse posicionamento foi declarado pouco depois de Donald Trump ameaçar mais severamente Nicolás Maduro, acusando a Venezuela de roubar petróleo dos EUA, uma alegação que o representante venezuelano na ONU chamou de tentativa de estabelecer uma colônia no país.

Medidas recentes e desdobramentos

Recentemente, a crise na América Latina se intensificou com o anúncio de um bloqueio marítimo à Venezuela por parte dos EUA, logo após a apreensão de um navio petroleiro em águas venezuelanas.

De acordo com o presidente americano, essa medida, somada ao fechamento do espaço aéreo venezuelano, visa embarcações sancionadas que mantêm relações com o setor petrolífero sob o comando de Nicolás Maduro.

Donald Trump também afirmou que o governo chavista teria confiscado ativos americanos, como terras e petróleo, embora não tenha apresentado evidências que comprovem essas acusações.

Em resposta, Nicolás Maduro conversou com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em 17 de dezembro. Segundo comunicado do governo venezuelano, o presidente alertou que as declarações e as ações de Donald Trump representam ameaças à estabilidade e paz da região.

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