Yván Gil, ministro das Relações Exteriores da Venezuela, anunciou nesta terça-feira (26/8) uma reunião com Gianluca Rampolla, coordenador residente da Organização das Nações Unidas (ONU) na Venezuela. O objetivo do encontro foi reforçar o papel da ONU como organismo multilateral para garantir o respeito à soberania da Venezuela.
Essa reunião busca fortalecer a posição da Venezuela diante da crescente tensão com os Estados Unidos, que enviaram navios de guerra com 4 mil militares para a costa venezuelana e aumentaram a recompensa para a captura do presidente Nicolás Maduro para US$ 50 milhões.
Gil expressou preocupações quanto à presença de unidades militares dos EUA e até armas nucleares no Caribe, destacando a ameaça à paz regional. No mesmo dia, o ministro contestou as alegações dos EUA sobre o envolvimento de Maduro com um cartel de drogas.
Ele afirmou que, diante de informações falsas usadas como justificativa para ações contra a Venezuela, o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNDOC), confirma que a Venezuela é um território livre de plantações ilegais. Além disso, os esforços do governo venezuelano foram oficialmente reconhecidos pelo UNDOC.
A ligação de Maduro ao Cartel de los Soles foi feita pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Rubio declarou que o governo dos EUA não reconhece o regime de Maduro como legítimo e associou membros do governo venezuelano às atividades do cartel dentro do país.
Rubio ressaltou que o presidente Donald Trump está decidido a enfrentar diretamente o Cartel de los Soles, que é considerado uma organização de narcoterrorismo.
O presidente Trump deixou claro desde o início que qualquer grupo narcoterrorista que use o espaço aéreo e águas internacionais para tráfico de drogas será confrontado.