O setor de vendas no varejo do Brasil teve uma leve queda de 0,2% em setembro, quando comparado ao mesmo mês do ano passado, já considerando a inflação. No entanto, em valores nominais, ou seja, sem descontar a inflação, o comércio cresceu 4,3% neste mesmo período. Mesmo com essa pequena redução, setembro foi o mês com melhor desempenho no terceiro trimestre do ano.
Cielo destaca que a única área que apresentou resultado negativo foi o setor de produtos duráveis e semi-duráveis, que caiu 2,3% no ano. Mas dentro desse setor, as vendas de móveis, eletrodomésticos e departamentos aumentaram, impulsionadas pela promoção da Semana do Cliente. Por outro lado, as roupas e artigos esportivos tiveram queda devido ao aumento dos preços em relação ao mês anterior.
O destaque ficou para o setor de serviços, que tem mostrado crescimento constante desde maio, com alta de 0,7% em setembro. Particularmente, o turismo e transporte lideraram a alta, favorecidos pela redução de 2,61% no preço das passagens aéreas. Já o setor de alimentação foi o que mais diminuiu.
Os bens não duráveis tiveram um pequeno crescimento de 0,2%, especialmente nos postos de gasolina, já que os preços dos combustíveis ficaram estáveis. No entanto, supermercados e hipermercados ainda registram queda real de 0,35%, influenciados pela redução nos preços dos alimentos que ocorre desde junho.
As vendas em lojas físicas cresceram 3,7% em valores nominais, enquanto o comércio eletrônico avançou 6%, ambos com um leve aumento mensal.
Diferenças regionais
Cielo também apontou que as quedas nas vendas foram mais fortes em regiões com menor poder aquisitivo. Em termos reais, as maiores quedas no consumo ocorreram no Norte (-4,6%), seguido pelo Nordeste (-3,4%), Centro-Oeste (-2,7%), Sul (-2,2%) e Sudeste (-1,6%).
Contudo, considerando os valores nominais, todas as regiões apresentaram crescimento, com o Sudeste liderando com um aumento de 2,7%, seguido pelo Sul (2,6%), Centro-Oeste e Norte (1,5% cada) e Nordeste com 1,1% de alta.
Estadão Conteúdo