O vazio sanitário do feijão comum no Distrito Federal começa em 20 de setembro e vai até 20 de outubro. Essa prática é feita todo ano para evitar pragas e garantir que a produção seja de boa qualidade. Durante esse período, os agricultores não devem plantar ou deixar mudas e sementes de feijão nas áreas de cultivo.
A medida serve para interromper a propagação do vírus chamado mosaico-dourado, que é transmitido pela mosca-branca. Esta doença deixa as folhas amareladas e deformadas, prejudicando o crescimento dos grãos. A Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) é quem fiscaliza o cumprimento dessa regra.
De acordo com o secretário Rafael Bueno, além de proteger a lavoura, o vazio sanitário ajuda os produtores a economizarem. “Um dos maiores benefícios é a redução no custo da produção. Com menos mosca-branca e mosaico-dourado, diminui a necessidade de usar inseticidas, o que melhora o cuidado com a plantação e a qualidade final do feijão”, explicou.
O Distrito Federal é exemplo nacional no cultivo do feijão. Em 2024, foram produzidas mais de 30 mil toneladas em uma área de 11,6 mil hectares, movimentando R$ 146 milhões e envolvendo 651 produtores, segundo dados da Emater-DF. A produtividade local é quatro vezes maior que a média do país, fornecendo feijão para o mercado interno do DF e parte das regiões Norte e Nordeste.
Rafael Bueno destacou: “Nossa produtividade é quatro vezes maior que a média nacional. As safras abastecem nosso mercado e também atendem a demanda de outras regiões. Por isso, o vazio sanitário é essencial para mantermos o DF como um polo importante na produção do grão”.
A prática foi estabelecida pela Portaria nº 46/2013 e ajustada pela Portaria nº 32/2014, com penalidades previstas na Lei Distrital nº 6.932/2021 para quem descumprir, incluindo multas e outras sanções. No entanto, a regra não vale para áreas de pesquisa científica ou para produção autorizada de sementes genéticas.
Informação divulgada pela Agência Brasília.