No mês passado, a variante XFG do coronavírus, presente no Reino Unido, foi detectada no Brasil. Esta cepa é uma combinação de duas variantes ômicron – LF.7 e LP.8.1.2 – e recebe o apelido de Frankenstein.
Os sintomas associados à variante Frankenstein são similares aos sintomas tradicionais da Covid-19, incluindo febre, dores musculares, tosse, coriza, mal-estar e dor de cabeça. Até o momento, não há indícios de que esta variante cause formas mais graves da doença.
Fernando Spilki, virologista e professor da Universidade Feevale no Rio Grande do Sul, enfatiza: “As orientações permanecem as mesmas com a circulação desta nova variante: mantenha a vacinação em dia, evite contato com pessoas que apresentem sintomas respiratórios, faça uso de máscara e aumente o cuidado com isolamento social aos doentes.”
Os sintomas da Covid-19 evoluíram, e atualmente são muito parecidos com os de uma gripe comum, com coriza, tosse e dores de cabeça e de garganta sendo frequentes. Uma diferença importante é que febre é menos comum em casos leves de Covid-19.
Além disso, pessoas infectadas por variantes derivadas da JN.1 têm relatado insônia e sensações de ansiedade.
Estudos iniciais da Fiocruz indicam um aumento nos casos de Covid-19 relacionado à variante XFG, especialmente no início de julho. Segundo Spilki, “é uma evolução natural do vírus, que vai adquirindo maior transmissibilidade ao longo do tempo.”
O vírus tem mostrado diversas mutações ao longo da pandemia, com várias variantes sendo classificadas como de preocupação ou interesse pela Organização Mundial da Saúde (OMS), dependendo de sua transmissibilidade, virulência e impacto nas vacinas.
A variante Frankenstein demonstra alguma capacidade de evadir anticorpos gerados por versões anteriores do vírus, porém isso é esperado como parte da evolução viral normal.
Até o momento, a variante XFG foi detectada em 38 países, e sua presença global aumentou de forma rápida, passando de 7% para 22% dos casos sequenciados em apenas três semanas, com maior disseminação na Ásia, Europa e Américas.
A OMS classifica a variante XFG como uma variante sob monitoramento, o que significa que ainda não é considerada um risco elevado, mas requer vigilância contínua pelas autoridades de saúde.