A Vale anuncia que vai interromper o uso de água no processo de beneficiamento do minério de ferro no Sistema Norte, situado no Pará, na região da floresta de Carajás. Atualmente, cerca de 90% da produção nessa área já é realizada sem uso de água, o que assegura a ausência de rejeitos e elimina a necessidade de barragens.
Entretanto, seis linhas da Usina 1, na Serra Norte, ainda operam pelo método antigo, descartando rejeitos na barragem do Gelado, onde a empresa desenvolve um projeto para reutilização desses resíduos.
Gildiney Sales, diretor do corredor Norte da Vale, destaca: “Este método elimina rejeitos, elimina a futura necessidade de barragens, reduz o consumo de água, diminui custos e torna o processo mais simples. Quanto mais simples o processo, maior a segurança e competitividade.”
A expectativa é que, até 2027, as linhas restantes estejam adaptadas para usar apenas a umidade natural, com a perspectiva de reaproveitamento total do material da barragem até 2037.
A barragem, construída pelo modelo a jusante, atualmente contém cerca de 120 milhões de toneladas de rejeitos. Em 2025, espera-se reaproveitar 2,5 milhões de toneladas por meio do Projeto Gelado, que está em fase de desenvolvimento.
Com dragas totalmente elétricas para extração do material, o Projeto Gelado tem uma capacidade inicial prevista de produção de 5 milhões de toneladas ao ano, com investimento estimado em US$ 428 milhões anunciado em 2023.
Após converter a Usina 1 de Carajás para o beneficiamento por umidade natural, o projeto deve alcançar capacidade de produção anual de 10 milhões de toneladas.