O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou nesta terça-feira (16/12) que o senador e pré-candidato à Presidência, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), “vai continuar crescendo” nas pesquisas. Isso em resposta a um levantamento da Quaest, que mostra o filho “01” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dez pontos percentuais atrás do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um possível segundo turno.
O estudo apresenta o senador do Rio de Janeiro como o representante da direita que melhor se posiciona contra Lula, embora ainda perca para o petista. Flávio tem desempenho superior a outros nomes como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
“O Flávio só vai subir. Só vai crescer. Porque o Bolsonaro é uma máquina de transferir votos. É impressionante. Quando um candidato recebe o apoio do Bolsonaro, ele aumenta seu espaço. E ele ainda tem muito potencial para crescimento. Será uma disputa intensa, mas ele está preparado e venceremos”, declarou a jornalistas.
Valdemar também participou da posse de Bruno Bonetti (PL-RJ), suplente de Romário Farias, que se afastou na última semana.
Retomada das negociações em janeiro
Sobre a ausência de apoio de partidos do centrão à candidatura de Flávio Bolsonaro, Valdemar afirmou que trabalhará para conquistar o respaldo dessas legendas a partir de janeiro, ressaltando que é necessário que as lideranças tenham um tempo para reorganizar suas posições.
“É preciso dar este tempo para que todos possam clarear suas ideias. Atualmente não é o momento ideal para avançar. Em meados de janeiro, retornaremos com força total, dedicando o mês todo para conversar com os partidos, principalmente com aqueles que sempre nos acompanharam. Temos potencial para vencer a eleição, desde que estejamos unidos. A direita precisa estar unida, assim como o centro”, disse.
Flávio Bolsonaro oficializou sua pré-candidatura no início de dezembro, após declarar a aliados que foi escolhido por seu pai, Jair Bolsonaro, para disputar a Presidência em 2026. Contudo, dias depois afirmou que “existe um custo” para desistir da candidatura, citando a votação da anistia.
Essa posição gerou desconfiança entre os líderes partidários, que seguem apoiando Tarcísio de Freitas como uma opção mais viável. Por outro lado, o governo recebeu o anúncio com otimismo, pois garante que o Partido dos Trabalhadores continuará em uma polarização direta com a gestão Bolsonaro.

