As vacinações atingiram um pico de 4,5 milhões de doses em 5 de abril, mas recuaram para uma média de 3 milhões de doses diárias desde então
As vacinações diárias contra covid-19 na Índia diminuíram em relação ao pico atingido no início deste mês ao mesmo tempo em que as infecções novas atingiram um recorde, mostraram dados do governo nesta sexta-feira, e seu principal produtor de vacinas fez um apelo aos Estados Unidos para que encerrem uma proibição à exportação de matéria-prima.
Depois de doar e vender dezenas de milhões de doses de vacinas contra covid-19 ao exterior, a Índia se descobriu subitamente com escassez do imunizante e mudou abruptamente as regras para acelerar as importações de vacinas, tendo rejeitado anteriormente farmacêuticas estrangeiras como a Pfizer.
As vacinações atingiram um pico de 4,5 milhões de doses em 5 de abril, mas recuaram para uma média de 3 milhões de doses diárias desde então, de acordo com o portal governamental de coordenação de imunizações Co-Win.
A vacina da AstraZeneca, fabricada localmente pelo Instituto Serum da Índia (SII), responde por mais de 91% das 115,5 milhões de doses já administradas no país, mas uma intensificação da produção no SII, o maior fabricante mundial de vacinas, foi adiada por causa da falta de matéria-prima.
O executivo-chefe do SII, Adar Poonawalla, apelou diretamente ao presidente dos EUA, Joe Biden, pelo fim da limitação de suprimento, que visa apoiar os fabricantes norte-americanos de vacinas, depois que esforços diplomáticos mostraram pouco progresso.
A Índia relatou o maior número de casos de coronavírus do mundo neste mês. Seu total de 14,3 milhões só é inferior ao dos EUA, e o país acumula 174.308 mortes.