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quarta-feira, 10/09/2025

Vacina inovadora pode combater vários tipos de câncer

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Pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, criaram uma vacina experimental de mRNA que intensifica os efeitos de medicamentos imunoterápicos na luta contra diferentes tipos de câncer em estudos iniciais.

Testes realizados em células tumorais em laboratório e em camundongos mostraram que a vacina aumentou a resposta do sistema imunológico, acelerando a eliminação das células malignas.

Publicado na revista Nature Biomedical Engineering, o estudo demonstra que a vacina potencializa a ação dos inibidores de ponto de controle imunológico, medicamentos já utilizados para ensinar o sistema imune a identificar e atacar as células cancerígenas.

Os cientistas estimularam a produção da proteína PD-L1 dentro dos tumores, tornando as células mais suscetíveis ao ataque do sistema imunológico mesmo sem um alvo específico.

Segundo o oncologista Elias Sayour, autor principal da pesquisa, essa abordagem representa uma nova estratégia terapêutica que pode complementar tratamentos convencionais como cirurgia, quimioterapia e radioterapia, caso os resultados se confirmem em humanos.

Sayour destaca que essa descoberta comprova que vacinas não específicas podem ter efeitos direcionados contra o câncer, propondo uma possível vacina universal para estimular o sistema imunológico contra tumores específicos de cada paciente.

O oncologista Duane Mitchell, coautor do estudo, afirma que a eficácia das vacinas está mais relacionada à força da resposta imunológica do que à especificidade do alvo, indicando um novo paradigma no desenvolvimento dessas imunizações.

O grupo vem pesquisando vacinas de mRNA há mais de oito anos, utilizando nanopartículas lipídicas para transportar o RNA mensageiro às células e melhorar sua reação aos tumores.

Em um teste anterior com pacientes com glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral, a vacina personalizada com células tumorais dos próprios pacientes provocou uma resposta imune rápida.

Os testes recentes com camundongos com melanoma, um câncer de pele resistente, mostraram que a vacina combinada com inibidores de PD-1 foi eficaz, ativando células imunológicas sem a necessidade de um alvo direto, mobilizando todas as defesas disponíveis para combater o câncer.

Estudos adicionais com tumores ósseos e cerebrais indicaram regressão completa em alguns casos, e até nos casos mais resistentes, a vacina isolada também apresentou respostas significativas.

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