20.5 C
Brasília
domingo, 24/11/2024
--Publicidade--

Vacina brasileira contra dependência em crack e cocaína é finalista de prêmio internacional

Brasília
nuvens quebradas
20.5 ° C
20.5 °
19.8 °
94 %
1.5kmh
75 %
dom
24 °
seg
20 °
ter
23 °
qua
25 °
qui
20 °

Em Brasília

A Calixcoca funciona no sistema imune, induzindo a produção de anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea

(Clodagh Kilcoyne/Reuters)

 

Uma vacina desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) contra a dependência em crack e cocaína está indicada ao Prêmio Euro, que reconhece o potencial de inovação dos profissionais latino-americanos de Medicina. Batizado de ‘Calixcoca’, o imunizante já teve a segurança e eficácia provados nas fases pré-clínicas do estudo e agora busca fundos para realizar os testes em humanos.

A Calixcoca funciona no sistema imune, induzindo a produção de anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga numa molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica. Idealmente, a proposta visa bloquear a absorção da cocaína e dos seus derivados, como o crack.

“Esse é um problema prevalente, vulnerabilizante e sem tratamento específico. Os nossos estudos pré-clínicos comprovam a segurança e eficácia da vacina nesta aplicação. Ela aporta uma solução que permite aos pacientes com dependência se reinserir socialmente e voltar a realizar seus sonhos”, explica o professor e pesquisador responsável Frederico Garcia, do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina.

O objetivo da vacina, que começou a ser desenvolvida em 2015, é impedir a dependência e “recaída” dos pacientes em tratamento, “dando mais tempo para eles reconstruírem sua vida sem a droga”, segundo Garcia. Até o momento, o projeto foi completamente custeado por verbas públicas.

Os testes da fase pré-clínica também foram feitos com ratas grávidas e, segundo os resultados iniciais, a Calixcoca impediu que a cocaína e o crack chegassem à placenta ou ao feto. A patente da vacina já foi depositada pela Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG.

Os demais finalistas do Prêmio Euro são: Plataforma multimédia “Nonu, acompanha-me para curar” (Costa Rica), A realidade virtual como suporte diagnóstico e terapêutico da ansiedade social (Chile), Capacete de Respiração Assistida Elmo (Ceará), CircPress – Circuito Automático de Compressões Torácicas e Desfibrilação (Minas Gerais), Endopróteses vasculares conectoras sem sutura – endoHub (Santa Catarina), Desenvolvimento de um algoritmo para prever o benefício do tratamento em idosos com câncer (Chile), AngelUS Soluções em Saúde (Minas Gerais), Dispositivo de reexpanssion pulmonar (Colômbia), Desenvolvimento e validação de teste rápido para detecção de anticorpos IgG contra o HTLV-1 (Bahia), Projeto Hilab Lens: Leitor Hematológico Point-of-Care (Paraná), Machine Learning para Transplante – ML4Tx (São Paulo), Diagnóstico e vigilância de infecções virais por sequenciamento de nova geração (São Paulo), Projeto Aico – Esfíncter Artificial para Colostomias (Paraná), Uso de realidade virtual imersiva no treinamento cognitivo de vítimas de traumatismo cranioencefálico (São Paulo).

O Prêmio Euro é oferecido pela farmacêutica Eurofarma e podem disputar qualquer profissional de Medicina com registro ativo nos seguintes países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai Paraguai, Peru, Equador, México, Colômbia, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Costa Rica, Honduras e República Dominicana. Saiba mais sobre a votação aqui.

--Publicidade--

Veja Também

- Publicidade -