Depois que a União Brasil e o PP anunciaram que deixarão a base do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) marcará um encontro com os ministros Celso Sabino (Turismo), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional) e Frederico Siqueira (Comunicações) nesta quarta-feira (3/9). Segundo apuração do Metrópoles, a reunião foi solicitada pelo presidente e deve acontecer durante o horário do almoço, sem estar na agenda oficial.
O Planalto estuda manter Sabino no comando do Turismo, ao passo que o ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA), pode ser substituído. Na terça-feira (2/9), a federação formada pela União e PP decidiu romper com o governo e ameaçou punir membros que continuassem em cargos no Executivo.
No almoço também estarão presentes o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. De acordo com fontes próximas ao presidente, essa reunião é uma continuação das negociações do petista com diferentes partidos. Até agora, Lula se reuniu com líderes do PT, Republicanos e PSD.
Celso Sabino é filiado à União Brasil, enquanto Waldez Góes e Frederico Siqueira são indicações de Davi Alcolumbre.
Até o momento, tanto Celso Sabino quanto André Fufuca resistem em deixar seus cargos. Eles querem manter suas posições e garantir o apoio do presidente Lula aos seus projetos políticos no Pará e Maranhão, estados com grande influência eleitoral do PT. Fontes indicam que ambos devem buscar suporte no Centrão para assegurar sua permanência nos ministérios.
A saída de Sabino é considerada delicada, visto que o ministro tem desempenhado um papel relevante na organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), que acontecerá em Belém (PA) — uma prioridade na agenda do governo. Além disso, ele preside o Conselho Executivo da ONU Turismo.
Nesse sentido, o governo tende a optar por manter Sabino. Uma possível substituição da União Brasil pelo MDB foi mencionada por fontes do Palácio, mas ainda não houve contato oficial com o governador do Pará, Helder Barbalho, para tratar dessa troca. Ele é a autoridade máxima da seção estadual do partido. Outra alternativa discutida seria um afastamento partidário de Sabino.