O União Brasil e o PP planejam informar na próxima terça-feira (2/9) sobre um afastamento parcial da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Este movimento, descrito por membros das siglas como um rompimento institucional parcial, reflete uma decisão estratégica para as eleições de 2026, embora líderes de ambas as legendas mantenham algumas posições na administração federal. Além disso, parte da federação manifesta apoio à proposta de anistia.
A coletiva está marcada para as 16h30, onde os presidentes do União, advogado Antônio Rueda, e do PP, senador Ciro Nogueira (PI), devem oficializar essa decisão. Espera-se que sejam entregues as indicações nos ministérios do Turismo e do Esporte. Se os ministros Celso Sabino e André Fufuca optarem por permanecer no governo, poderão ser expulsos de seus partidos.
Este afastamento é parcial, pois o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), provavelmente continuará a supervisionar a Caixa Econômica Federal. Nos bastidores, as indicações para a liderança da Caixa são vistas como uma concessão pessoal a Lira, não afetadas pelo afastamento formal da legenda.
Os ministérios das Comunicações (MCom) e do Desenvolvimento e Integração Regional (MDIR), liderados por indicados do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também permanecerão alinhados. Por isso, alguns membros do governo brincam que os partidos estarão simultaneamente na oposição e na situação, chamando esse momento de um “fim de Schrödinger”.
Fontes das siglas destacam que o apoio a um projeto de anistia relacionado aos eventos de 8 de janeiro pode ser declarado pela federação. Esta iniciativa seria um sinal político tanto para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça, acusado de tentativa de golpe de Estado.