O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou-se nesta sexta-feira (5/9) sobre a multa imposta pela União Europeia (UE) à Google. A penalidade financeira, que totaliza 2,9 bilhões de euros — cerca de R$ 18,4 bilhões — foi aplicada por suposta violação das normas de concorrência do bloco europeu. Trump avisou que pode iniciar uma investigação para revogar essas punições que atingem companhias tecnológicas americanas.
Segundo o republicano, a multa representa recursos que deveriam ser investidos nos Estados Unidos e que poderiam gerar empregos. Ele qualificou a ação da União Europeia como “muito injusta” e afirmou que tal situação não será aceita.
Em suas palavras nas redes sociais, Trump escreveu: “A Europa aplicou hoje uma multa de US$ 3,5 bilhões a outra grande empresa americana, a Google, retirando fundos que poderiam ser destinados a investimentos e empregos americanos. Isso se soma a outras multas e impostos impostos contra a Google e outras empresas de tecnologia dos Estados Unidos. É muito injusto e o contribuinte americano não aceitará isso!”
Em sua publicação, ele também mencionou que a Apple já foi penalizada anteriormente com uma multa de US$ 17 bilhões — aproximadamente R$ 92 bilhões — e defendeu a restituição desses valores à empresa.
“A Apple, por exemplo, foi obrigada a pagar US$ 17 bilhões em multa que, na minha opinião, não deveria ter sido cobrada — deveriam receber seu dinheiro de volta! Não podemos permitir que isso aconteça com o talento e a inovação incomparáveis americanas. Se isso ocorrer, serei forçado a iniciar uma ação conforme a Seção 301 para anular as penalidades injustas impostas a essas empresas americanas contribuintes”, reforçou Trump.
A multa aplicada
A divulgação da multa pela União Europeia aconteceu na quinta-feira (4/9). O bloco europeu informou que o processo para averiguar práticas anticompetitivas foi iniciado em junho de 2021.
A vice-presidente da UE responsável pela Transição Justa, Limpa e Competitiva, Teresa Ribera, destacou que a decisão comprova que o Google usou sua posição dominante no setor de anúncios, causando prejuízos a editores, anunciantes e consumidores. Ela afirmou ainda que essa conduta contraria as leis antitruste da União Europeia.