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quinta-feira, 21/11/2024
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Ucrânia receberá dinheiro da UE, mas não vai ingressar no bloco, prevê político francês

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François Asselineau, membro do gabinete de vários ministros em anteriores governos da França, considerou improvável a adesão da Ucrânia à União Europeia em breve, citando os exemplos dos países balcânicos, que esperam há “mais de uma década” para isso.

© Kenzo Tribouillard

 

O novo status da Ucrânia como candidata à adesão à União Europeia (UE) lhe dará acesso ao financiamento do bloco, mas seu caminho para a adesão pode virar um beco sem saída, afirmou François Asselineau, político francês e adepto da saída da França da UE, à Sputnik.
“Mesmo que esta adesão permaneça letra morta, o que acontecerá, a UE libertará somas significativas sob a designação de ‘preparação para a adesão’ da Ucrânia”, disse ele.
A Ucrânia levou menos de três meses a obter o há muito desejado status, o primeiro passo oficial para uma adesão de pleno direito. Bruxelas normalmente leva anos a decidir estes casos.
“Não estou falando da raiva dos outros países, já candidatos à adesão nos Balcãs, que não apreciam de modo nenhum serem ultrapassados pela Ucrânia. Eles não entendem a razão, a maioria deles já esperou mais de uma década”, apontou Asselineau, antigo delegado-geral para a inteligência económica no Ministério da Economia e Finanças da França.
O político advertiu que o custo de ter sete candidatos a Estados-membros seria astronômico para a UE.
A Turquia recebeu cerca de € 8 bilhões (R$ 44,28 bilhões) de financiamento durante seus 35 anos de espera, enquanto a reconstrução da Ucrânia deverá custar aos contribuintes europeus mais de € 1 trilhão (R$ 5,54 trilhões).
“Nenhum estudo de impacto foi feito sobre as consequências financeiras para a UE desta filiação da Ucrânia. Até o presidente Macron e o seu ministro das Relações Europeias, Clement Beaune, um convencido ‘europeísta’, insistiram no fato de que a adesão levaria pelo menos 15 anos. A deterioração da imagem da UE junto do público está piorando”, disse o especialista.
Asselineau chamou a União Europeia de ditadura “bem-intencionada” por já não considerar seu processo de tomada de decisão democrático. Ele sugeriu que todos os alargamentos da UE deveriam ser sujeitos a referendo, como pretendia Jacques Chirac, ex-presidente da França (1995-2007), até Nicolas Sarkozy, seu sucessor (2007-2012), ter abandonado a legislação.
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