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terça-feira, 16/12/2025

Ucrânia e EUA anunciam progresso nas negociações de paz em Berlim

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Ucrânia e Estados Unidos anunciaram avanços concretos em busca de um acordo de paz para a guerra na Ucrânia após dois dias de reuniões em Berlim, declarou nesta segunda-feira (15/12) o secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano, Rustem Umerov. Apesar do otimismo, autoridades afirmam que pontos essenciais ainda carecem de solução definitiva.

“As negociações entre a Ucrânia e os EUA foram construtivas e produtivas, com avanços reais. Esperamos chegar a um acordo que nos aproxime da paz até o fim do dia. Há muitas especulações anônimas e ruídos na mídia agora. Por favor, não se deixem influenciar por rumores e provocações”, escreveu Umerov.

Participaram das conversas uma delegação liderada pelo presidente Volodymyr Zelensky e os representantes norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner. A primeira sessão, no domingo (14/12), durou cerca de cinco horas; a segunda, menos de duas.

No Fórum Econômico Alemão-Ucraniano, ao lado do chanceler alemão Friedrich Merz, Zelensky afirmou que as negociações foram desafiadoras, porém eficazes. Autoridades estadunidenses expressaram otimismo, afirmando que até 90% dos temas foram encaminhados. Segundo o jornal The Guardian, o ex-presidente Donald Trump estaria satisfeito com o andamento.

O principal foco esteve na definição de garantias de segurança para a Ucrânia, similares às fornecidas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Assuntos delicados relacionados a territórios permanecem em aberto. Espera-se que Washington comunique Moscou sobre os resultados até o fim do dia.

A imprensa internacional relata que não houve consenso sobre as questões territoriais, e os EUA continuam pressionando Kiev para ceder as regiões de Donetsk e Luhansk à Rússia.

Zelensky reconheceu que o impasse territorial continua. “Ainda temos posições divergentes”, disse, mas ressaltou a vontade de todos em buscar soluções para pôr fim à guerra.

O líder ucraniano também negou estar sob pressão dos EUA, afirmando que a pressão vem de Moscou e que Washington age como mediador.

Ucrânia abre mão da adesão à Otan

No domingo (14/12), o presidente Volodymyr Zelensky comunicou que o país desistiu da intenção de integrar a Otan em troca de garantias de segurança do Ocidente, como parte da tentativa de encerrar o conflito com a Rússia.

Essa mudança representa uma alteração significativa na postura ucraniana, que anteriormente defendia a entrada na Otan para se proteger de agressões russas — meta inclusive prevista em sua Constituição.

Essa decisão atende a uma das principais exigências de Moscou, embora o governo da Ucrânia reafirme que não aceitará quaisquer concessões territoriais.

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