Palestras, conversas, sorteios de brindes e café da manhã fizeram parte das atividades na Unidade Básica de Saúde (UBS) 1 do Lago Sul nesta terça-feira (25), em homenagem ao Novembro Azul. A campanha tem como objetivo orientar sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de próstata e promover cuidados com a saúde masculina.
A UBS continuou atendendo normalmente durante o evento. No decorrer do dia, foram realizadas consultas gerais, exames para avaliação da próstata, testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), terapia auricular (auriculoterapia) e atualização das vacinas para homens.
Naiara Thomazoni, enfermeira da UBS 1 do Lago Sul, destacou que a campanha continua até dezembro com a vacinação de jovens de 15 a 19 anos contra o papilomavírus humano (HPV). Ela acrescentou que a sala de vacina está disponível para atualizar as doses que os homens ainda precisam.
Fernanda Paula Silva, gerente da unidade, elogiou o trabalho da equipe multidisciplinar, que inclui fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos. Ela ressaltou a importância da prevenção para reduzir a demanda nos hospitais especializados, graças a uma atenção primária fortalecida.
Resistência aos cuidados médicos
Leandro Santi, médico da família e palestrante do evento, informou que o Novembro Azul também visa prevenir outros cânceres causados pelo HPV, além do câncer de próstata. Ele citou a oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatite, além do acompanhamento dos níveis de colesterol, triglicerídeos e glicose.
Santi lamentou que muitos homens relutem em fazer o exame de próstata, especialmente o toque retal, por questões relacionadas à masculinidade. Ele explicou que esse exame não é o único disponível e que os homens tendem a aderir menos aos tratamentos comparado às mulheres.
Aparecida de Freitas Pinheiro, 66 anos, contou que precisa insistir para que o marido, Paulo Pinheiro, 69, vá ao médico. Ela afirmou: “O homem não gosta de ir ao hospital. Eu tenho que pegar muito no pé dele, porque é difícil ele vir se consultar. É um problema, e vejo que isso acontece com muitos homens.”
*Com informações da Secretaria de Saúde
