Uma jovem britânica de 20 anos precisou passar por uma cirurgia emergencial no ouvido depois de desenvolver uma infecção séria durante as férias na ilha de Rodes, Grécia. A origem da infecção foi uma picada de aranha venenosa, descoberta somente após seu retorno antecipado ao Reino Unido.
Halle Hizer sentiu dor no ouvido dois dias após chegar na Grécia, em junho, inicialmente atribuindo o desconforto ao uso prolongado de fones de ouvido durante o voo. Entretanto, a dor intensificou-se nos dias seguintes, acompanhada de inchaço e presença de pus.
Os médicos suspeitam que a aranha responsável pela picada tenha sido a aranha reclusa do Mediterrâneo, conhecida também como aranha-violinista (Loxosceles reclusa), cujo veneno pode provocar infecções sérias e necrose, principalmente sem tratamento adequado.
Infecção severa
À medida que a situação piorava, Halle acreditou que poderia ter sido picada por um mosquito e buscou ajuda em uma farmácia local, onde recebeu um creme antibiótico. Contudo, o medicamento não surtiu efeito e o ouvido continuou inchado, adquirindo um formato que ela comparou a uma “couve-flor”.
“Se eu tivesse usado os antibióticos corretos desde o começo, a infecção teria desaparecido rapidamente, mas ela só piorou”, relatou Halle em entrevista.
Tratamento inadequado agravou caso
Com a situação agravando-se, a avó insistiu para que Halle consultasse um médico na ilha, que prescreveu antibióticos depois considerados obsoletos por uma equipe médica britânica, por sua ineficácia.
De volta ao Reino Unido, Halle foi atendida em hospital onde passou por cirurgia para remoção de um abscesso. Exames confirmaram que a origem da infecção foi uma picada de aranha, e não de mosquito.
O uso inadequado dos antibióticos piorou a infecção, causando vazamento constante de pus. Halle descreveu sentir o ouvido escorrendo veneno a cada cinco minutos, e a infecção chegou a ameaçar a integridade do seu ouvido.
Recuperação e alerta
Após semanas de tratamento com curativos e remédios corretos, o ouvido de Halle voltou ao normal. Ela agora aconselha turistas a pesquisarem sobre limpeza dos locais onde ficarão hospedados e a levarem repelentes em viagens.
A espécie exata da aranha ainda não foi confirmada, mas há fortes indícios de que tenha sido uma aranha-violinista, com base no ferimento e na evolução do quadro clínico.
Embora aranhas perigosas sejam associadas a áreas tropicais, algumas habitam regiões turísticas da Europa, como Grécia e Espanha. A aranha-violinista prefere locais escuros e pouco higienizados, estando mais ativa à noite ou em ambientes fechados.