O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu cancelar o contrato de locação de uma sala VIP no aeroporto de Brasília que custaria R$ 1,5 milhão. A decisão veio após desgaste de imagem nos últimos meses.
O novo presidente do TST, Luiz Phillippe Vieira de Mello, confirmou que a decisão foi unânime, incluindo a decisão inicial que havia aprovado a contratação da sala.
O contrato oferecia serviços exclusivos, como atendente dedicado e transporte executivo para os magistrados, com o objetivo de evitar encontros com pessoas consideradas mal intencionadas ou inconvenientes.
No estudo técnico que justificava a contratação direta da empresa Inframérica, que administra o aeroporto, o tribunal alegava razões de segurança.
Segundo o TST, a forma atual dos embarques e desembarques colocava as autoridades em contato com riscos evitáveis, devido à presença de indivíduos indesejados.
Porém, os benefícios garantidos, como estacionamento exclusivo, acompanhamento individualizado e transporte executivo, causaram críticas por parecerem regalias caras custeadas com recursos públicos.
O atendimento individual no aeroporto custava R$ 284 por uso, e o transporte executivo R$ 144 cada vez que era utilizado.
Todas essas despesas seriam pagas pelo próprio TST.