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quinta-feira, 16/10/2025

Trump usa CIA e bombardeiro nuclear para pressionar Maduro

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Os Estados Unidos fortaleceram o bloqueio militar no Caribe e aumentaram as advertências contra o governo da Venezuela, liderado por Nicolás Maduro. Nesta semana, além de ações contra embarcações, o presidente Donald Trump autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar “operações secretas e letais” no país e liberou o voo de um bombardeiro nuclear norte-americano na região do Caribe.

Cerco ao governo de Maduro

Desde agosto, o governo dos EUA iniciou um cerco naval no mar do Caribe, enviando navios de guerra e caças F-35 para a área. Essa movimentação ocorre em meio a acusações contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apontado como líder do cartel de drogas Los Soles.

O Los Soles foi recentemente classificado como organização terrorista por Washington, o que alterou a política externa norte-americana e facilitou operações militares em outros países sob a justificativa do combate ao terrorismo.

Na terça-feira (14/10), o líder dos EUA anunciou um novo ataque contra um barco na costa venezuelana, alegando o transporte de drogas, embora sem apresentar provas. Seis pessoas, descritas como “narcoterroristas”, teriam falecido durante a ação.

Cinco embarcações já foram atacadas por forças americanas na região nos últimos meses, todas apontadas por Washington como ligadas ao tráfico internacional de drogas.

Um dia após, um bombardeiro B-52, capaz de carregar armas nucleares, sobrevoou uma área próxima à costa da Venezuela. Outros dois B-52 também realizaram voos circulares no Caribe antes de retornar aos Estados Unidos.

Operações da CIA

Além das ações militares na região, Donald Trump revelou que autorizou operações sigilosas e letais da CIA na Venezuela. Segundo o presidente, o objetivo é impedir a entrada de criminosos venezuelanos nos EUA e aumentar a pressão contra o tráfico de drogas no Caribe.

Essa declaração veio após uma reportagem do The New York Times, que apontou que tais operações teriam como meta final a derrubada do governo de Maduro, posição negada pela Casa Branca.

Resposta do governo venezuelano

Em reação à pressão dos EUA, que oferecem atualmente uma recompensa de US$ 50 milhões pela captura de Maduro, o presidente da Venezuela ordenou uma grande mobilização militar em Caracas e no estado de Miranda.

Conforme divulgado pela mídia estatal, militares, civis e a Milícia Nacional Bolivariana foram mobilizados para realizar exercícios simulando a defesa do território nacional.

Maduro rejeitou as acusações de Trump contra a CIA e criticou a tentativa de golpe de Estado em andamento, afirmando: “Repudiamos a guerra no Caribe e a tentativa de substituir nosso governo, que nos traz lembranças das intermináveis guerras fracassadas no Afeganistão, Irã e Iraque. Não aceitaremos golpes promovidos pela CIA. A América Latina não deseja nem precisa destas ações e as rejeita veementemente.”

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