O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou-se durante o sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2026, realizado em Washington na sexta-feira (5/12). Ele aproveitou a ocasião para se reafirmar como o líder pacificador que prometeu ser.
Antes da definição dos grupos do maior campeonato de futebol mundial, o presidente recebeu o recém-criado Prêmio da Paz da Fifa – O Futebol Une o Mundo. Em seu discurso, ressaltou que o planeta é mais seguro graças aos seus esforços à frente do governo dos EUA, que, conforme ele, “salvou milhões de vidas”.
Embora tenha ficado de fora do Prêmio Nobel da Paz, uma de suas ambições públicas, Trump foi homenageado pela Fifa um dia antes de mediar um novo acordo de paz. Desta vez, entre a República Democrática do Congo (RDC) e Ruanda, envolvidos em um conflito sangrento que dura quase 30 anos.
Segundo o presidente norte-americano, oito conflitos foram resolvidos ou evitados durante seu mandato, incluindo tensões entre Egito e Etiópia, assim como Sérvia e Kosovo. No entanto, análise feita pelo Metrópoles indica que os EUA, sob a administração Trump, participaram de sete negociações de paz em regiões como Oriente Médio, Ásia, Europa e África, embora alguns acordos ainda enfrentem desafios significativos.
Conflito entre Paquistão e Índia
A antiga tensão entre Índia e Paquistão, ambos com grandes arsenais nucleares, reacendeu em maio após um ataque terrorista na Caxemira que resultou em 26 mortos. Este fato intensificou confrontos militares, culminando numa guerra de quatro dias que despertou atenção internacional.
Após o incidente, o governo de Narendra Modi realizou operações militares na região paquistanesa da Caxemira, visando infraestruturas terroristas. Trump anunciou uma trégua em 10 de maio, confirmada posteriormente pelos dois países. Apesar de algumas violações, a estabilidade regional foi mantida.
Conflito entre Israel e Irã
Em 12 de junho, Israel lançou ataques contra o Irã alegando enfraquecer seu programa nuclear. O Irã respondeu com bombardeios em território israelense, dando início a uma guerra aberta de 12 dias.
O conflito resultou em mais de 600 mortes, principalmente civis iranianos e figuras importantes do país. A guerra terminou em 23 de junho após negociações mediadas pelos EUA e Catar. Apesar da tensão histórica entre os países, a paz permaneceu dominante na região.
Conflitos na Síria
Por cerca de quatro dias, a Síria sofreu ataques israelenses, iniciados após turbulências internas envolvendo grupos sectários e forças governamentais. Um cessar-fogo foi anunciado por Trump no fim de julho, porém a situação ainda é instável, com Israel mantendo presença militar e realizando ataques esporádicos, sob justificativa de combater grupos terroristas como o Hamas.
Tensão entre Tailândia e Camboja
Na Ásia, Trump pressionou comercialmente Tailândia e Camboja para conseguir um cessar-fogo após confrontos na fronteira em julho. O acordo foi assinado em outubro, mas a situação segue delicada, especialmente após a suspensão do pacto por parte da Tailândia em novembro, devido a um incidente com minas terrestres.
Conflito entre Armênia e Azerbaijão
Em outra iniciativa liderada pelos EUA, Armênia e Azerbaijão assinaram um acordo de paz para encerrar quase 40 anos de disputas territoriais e étnicas na região de Nagorno-Karabakh. O acordo, assinado em agosto na Casa Branca, ainda enfrenta desafios para plena implementação.
Conflito entre Israel e Hamas
Após períodos de conflito, um cessar-fogo foi alcançado na Faixa de Gaza em 9 de outubro, anunciado por Trump. Com o fim dos combates, operações militares israelenses cessaram, ajuda humanitária chegou e prisioneiros foram trocados por reféns.
Apesar desses avanços, dificuldades para implementar completamente o acordo permanecem, principalmente no que se refere ao desarmamento do Hamas e administração da região. Ataques israelenses contra Gaza continuam, resultando em vítimas civis.
Acordo entre República Democrática do Congo e Ruanda
Na mesma cerimônia em que Trump recebeu o prêmio da paz da Fifa, a República Democrática do Congo e Ruanda selaram um acordo de paz após décadas de conflito que devastaram a região desde os anos 1990. O pacto, assinado em Washington por Félix Tshisekedi e Paul Kagame, enfrenta incertezas devido a conflitos persistentes, envolvendo também grupos paramilitares como o M-23.

