O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, receberá na próxima segunda-feira (7/7) o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Este será o terceiro encontro entre eles em solo norte-americano, conforme confirmado pela Casa Branca. A visita de Netanyahu acontece em meio a negociações para estabelecer um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
“Acabei de conversar com algumas pessoas envolvidas. A situação em Gaza é crítica”, declarou o presidente dos EUA. “Acreditamos que, na próxima semana, conseguiremos alcançar um cessar-fogo”, completou Trump na sexta-feira (27/6).
Trégua anterior
Em janeiro deste ano, Israel e Hamas chegaram a um acordo para interromper os combates após a mediação do Catar, dos EUA e do Egito. O plano de paz previa três fases. Na primeira etapa, houve a troca de reféns sequestrados pelo Hamas por prisioneiros palestinos.
A segunda fase, que deveria começar em março, foi suspensa. O governo de Israel não cumpriu o que havia sido acertado, pedindo a continuidade da primeira fase e a liberação de todos os reféns restantes em Gaza. Em resposta, Israel intensificou seus ataques na Faixa de Gaza.
Trump tem expressado publicamente o desejo pelo fim das operações militares de Israel em Gaza e tem pressionado a administração israelense. Em uma publicação na semana anterior, ele destacou que Benjamin Netanyahu está negociando um acordo que inclui a libertação dos reféns.
Realidade atual do conflito
Apesar da posição pública de Trump a favor do cessar-fogo, Israel adotou uma postura rígida no domingo passado. O Exército de Israel ordenou que os palestinos saiam de áreas no norte de Gaza, incluindo a região de Jabalia e grande parte dos bairros da cidade de Gaza.
Segundo o Exército, as Forças de Defesa de Israel (IDF) estão conduzindo operações com força considerável nessas regiões e planejam ampliar as ações até o centro da cidade, com o objetivo de neutralizar as capacidades das organizações consideradas terroristas.
Embora um acordo entre Israel e Hamas tenha sido assinado no início do ano, o cumprimento parcial por parte de Israel gerou o rompimento da trégua e a retomada dos confrontos.