Os líderes da Armênia e do Azerbaijão vão se encontrar nesta sexta-feira (8/8) nos Estados Unidos, em um encontro mediado pelo presidente Donald Trump. Essa reunião em Washington ocorre em meio aos esforços de ambos os países para encerrar o conflito na região de Nagorno-Karabakh.
Este será o segundo encontro entre o primeiro-ministro armênio Nikol Pashinyan e o presidente azeri, Ilham Aliyev, em menos de um mês. Em 10 de julho, os dois se reuniram nos Emirados Árabes Unidos para discutir um acordo de paz, mas não houve avanços significativos.
Segundo o governo da Armênia, Pashinyan viajou aos EUA para tratar da parceria estratégica entre Erevan e Washington. Por outro lado, a mídia estatal do Azerbaijão informa que Aliyev realiza uma “visita de trabalho” nos EUA. Mesmo assim, espera-se que o foco principal do encontro na Casa Branca seja a possível resolução do conflito entre as antigas repúblicas soviéticas.
Desafios para o acordo de paz
Em março deste ano, Armênia e Azerbaijão concluíram um texto de acordo para pôr fim a um conflito que dura 37 anos no Sul do Cáucaso. No entanto, a implementação desse acordo ainda enfrenta dificuldades.
Dois pontos principais bloqueiam o avanço: uma eventual alteração na Constituição armênia e a criação de um corredor que ligaria o Azerbaijão a um enclave azeri dentro do território armênio.
Na Armênia, as demandas do governo de Aliyev são consideradas quase impossíveis de serem aceitas. Isso porque a reforma constitucional precisa ser aprovada pela população, que segundo pesquisas recentes, é contrária à mudança.
Além disso, a construção do corredor enfrentaria forte oposição, pois é vista tanto pela população quanto por políticos locais como uma ameaça à integridade territorial do país.