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quinta-feira, 28/08/2025

Trump recebe apoio de países sul-americanos para pressionar Maduro

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Os planos ainda incertos de Donald Trump em relação à Venezuela, governada por Nicolás Maduro, conquistaram o respaldo do Equador, Paraguai e Argentina. Similarmente a Washington, os governos desses três países da América do Sul iniciaram uma ofensiva contra um cartel venezuelano, identificado como “organização terrorista”.

Pressão contra Maduro

Os Estados Unidos são frequentemente alvo das duras críticas de Nicolás Maduro, que acusa a nação de buscar ambições imperialistas.

A legitimidade do governo de Maduro é contestada por grande parte da comunidade internacional, pois muitos países consideram que as últimas eleições na Venezuela foram marcadas por fraudes eleitorais.

Assim como seu predecessor, Joe Biden, Trump reconhece o opositor Edmundo González como o legítimo vencedor das eleições venezuelanas.

Os Estados Unidos acusam Maduro de liderar um cartel e de estar diretamente envolvido com o tráfico de drogas no país.

O Equador, sob a presidência de Daniel Noboa, foi o primeiro a classificar o cartel Los Soles como terrorista em 14 de agosto. Nove dias depois, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, adotou a mesma medida oficialmente.

O último país a alinhar-se às políticas de Trump foi a Argentina, liderada por Javier Milei. Assim como os Estados Unidos e seus vizinhos regionais, o governo argentino declarou que a organização associada a Maduro é terrorista.

Cooperação regional

Os três países ressaltaram a importância de garantir a segurança da América Latina contra a ameaça do tráfico de drogas que atravessa a região. Eles também destacaram, sem mencionar diretamente os Estados Unidos, a necessidade de fortalecer a cooperação internacional para enfrentar cartéis como Los Soles.

De acordo com a internacionalista Stephanie Braun, do Observatório Político Sul-Americano (OPSA), “Tanto Paraguai quanto Argentina mantêm fortes relações com os Estados Unidos e atualmente não possuem relações diplomáticas com a Venezuela, o que explica sua adesão às políticas de Donald Trump”.

Intervenção militar e nova política

A ação coordenada entre Estados Unidos, Equador, Paraguai e Argentina contra o cartel Los Soles ocorre em um momento de mudança na política externa norte-americana contra o tráfico internacional.

Desde o início do segundo mandato de Trump, Washington passou a classificar grupos que trafiquem drogas através de fronteiras internacionais como organizações terroristas. Essa mudança de designação possui impactos reais: abre espaço para operações militares americanas em outros países sob a justificativa de combate ao terrorismo.

Após a confirmação da decisão pelo chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, o Pentágono recebeu ordens para agir em relação à América Latina, enviando uma frota de navios de guerra para as proximidades da Venezuela.

Em meio à movimentação militar regional, a Casa Branca declarou que Trump pretende empregar “todo o poder” dos Estados Unidos contra os cartéis de drogas no continente, incluindo o cartel Los Soles, que os Estados Unidos afirmam ser liderado por Nicolás Maduro, apesar da ausência de provas concretas.

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