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terça-feira, 17/06/2025




Trump quer solução definitiva para conflito Israel-Irã

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (17) que busca uma solução definitiva para a disputa entre Israel e Irã, não apenas um cessar-fogo temporário, enquanto o conflito entre as duas nações já dura cinco dias.

Durante a intensificação das ações militares, Israel informou nesta terça-feira que eliminou o principal comandante militar iraniano, Ali Shadmani, considerado uma figura muito próxima do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.

Os países têm se envolvido em guerras indiretas por várias regiões do Oriente Médio por décadas, além de episódios isolados, mas a ofensiva aérea de grande escala por parte de Israel contra o Irã teve início na última sexta-feira (13).

Israel, que não declara oficialmente possuir armas nucleares, alega que seus ataques visam impedir que o Irã desenvolva armas atômicas em curto prazo, o que o governo iraniano nega.

Segundo dados oficiais, a campanha militar já causou pelo menos 224 mortes no Irã, incluindo comandantes da Guarda Revolucionária, do Estado-Maior do Exército, nove cientistas do programa nuclear e civis. Em Israel, o número de mortos é de 24, conforme dados do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O Exército israelense anunciou que Ali Shadmani foi morto em um ataque aéreo noturno. Ele ocupava o cargo de chefe do Estado-Maior em tempos de guerra e era um comandante militar importante, além de ser próximo ao líder supremo iraniano.

Shadmani faleceu quatro dias depois de assumir o posto de Golam Ali Rashid, que também morreu em bombardeio israelense. As forças israelenses declararam ter realizado vários ataques contra alvos militares no oeste do Irã, incluindo dezenas de lançadores de mísseis.

Além disso, um ataque cibernético paralisou o banco Sepah, uma importante instituição estatal iraniana, conforme reportado pela agência Fars. Há também relatos de um corte amplo no acesso à internet em todo o país, o que coincide com restrições impostas desde o início das ações militares israelenses.

A televisão estatal do Irã anunciou uma nova série de ataques contra Israel, e a Guarda Revolucionária informou que atingiu um centro do serviço de inteligência israelense, o Mossad, em Tel Aviv. O Exército de Israel afirmou que interceptou a maioria dos mísseis lançados pelo Irã na tarde de terça-feira.

A ofensiva israelense que começou em 13 de junho interrompeu as negociações entre Teerã e Washington sobre o programa nuclear do Irã.

China critica postura de Trump

Em meio à crise, Trump disse querer que o Irã ceda totalmente e enfatizou a busca por uma resolução real e não um cessar-fogo momentâneo.

Os líderes das principais economias do G7, reunidos no Canadá, pediram na segunda-feira uma solução para a crise iraniana que promova redução do conflito no Oriente Médio, ao mesmo tempo em que reconheceram o direito de Israel se defender. O Irã acusou o G7 de parcialidade.

Trump deixou a cúpula antecipadamente devido ao conflito e afirmou que sua viagem de volta a Washington está relacionada a algo muito maior que um cessar-fogo.

Na rede social Truth Social, Trump alertou que todos deveriam deixar Teerã imediatamente.

A China condenou Trump, alegando que ele está intensificando o conflito ao incendiar a situação com ameaças e pressão, o que só levaria a um agravamento da crise, afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Guo Jiakun.

O governo dos EUA nega envolvimento direto na ofensiva de Israel, mas o vice-presidente JD Vance sugeriu que Trump poderia adotar medidas extras para deter o programa nuclear iraniano.

Impactos e reações na região

Em Teerã, as longas filas em postos de gasolina e padarias mostram o impacto da crise na vida cotidiana, com pessoas buscando suprimentos nos poucos locais abertos.

Um bombardeio israelense atingiu na segunda-feira o prédio da televisão estatal iraniana, que noticiou a morte de três funcionários. Durante a transmissão ao vivo, a apresentadora precisou interromper a reportagem devido aos danos causados pelo ataque.

Benjamin Netanyahu declarou que a ação militar está “mudando a face do Oriente Médio” e que os líderes iranianos estão sendo eliminados gradualmente.

O primeiro-ministro israelense afirmou que a morte do líder supremo Ali Khamenei poderia encerrar o conflito, no entanto, uma fonte do governo americano revelou que Trump impediu um plano israelense para assassinar o líder iraniano, que governa desde 1989.

Durante a cúpula do G7, o presidente francês Emmanuel Macron advertiu que forçar uma mudança de regime no Irã representaria um erro estratégico.

Na segunda-feira, Israel atacou a instalação de enriquecimento de urânio em Natanz, no centro do Irã. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) relatou que o ataque causou danos diretos às instalações subterrâneas.




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