O presidente norte-americano também falou esta semana com o primeiro-ministro japonês, e os dois líderes concordaram em iniciar conversações
O presidente Donald Trump anunciou, nesta terça-feira (8), que conversou com o presidente interino da Coreia do Sul, enquanto um dos seus assessores afirmou que aliados como Seul e Tóquio terão prioridade para levar adiante negociações comerciais.
“Temos instruções de dar prioridade a nossas aliados e parceiros como Japão e Coreia (do Sul), entre outros”, declarou Kevin Hassett, assessor econômico da Casa Branca, na Fox News.
Por sua vez, o presidente americano afirmou que teve uma “conversa muito boa” com o primeiro-ministro e presidente interino Han Duck-soo, na qual abordou o déficit comercial dos Estados Unidos com seu país, as tarifas aduaneiras, a construção naval, a compra de gás natural liquefeito americano, assim como “pagamentos pela proteção militar muito importante que oferecemos à Coreia do Sul”, segundo uma mensagem publicada em sua plataforma Truth Social.
“Temos as linhas gerais de um acordo potencialmente muito bom”, acrescentou Donald Trump, embora não tenha ficado claro se se referia apenas ao tema de gastos militares ou também à questão comercial. Uma delegação sul-coreana “de muito alto nível está a caminho dos Estados Unidos e as coisas vão bem!”, afirmou o republicano.
Trump também falou esta semana com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, e os dois líderes concordaram em iniciar conversações.
Na semana passada, o presidente americano anunciou tarifas punitivas contra os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos; as mais importantes entrarão em vigor na quarta-feira.
As mercadorias vindas da Coreia do Sul serão taxadas, por exemplo, em 25%, e as do Japão, em 24%.
Em paralelo, todos os automóveis importados pelos Estados Unidos serão taxados em 25%.
Desde o anúncio, que sacudiu as bolsas do mundo inteiro, Donald Trump mostrou uma atitude ambígua, afirmando por um lado que não voltará atrás até ter reduzido ou até mesmo eliminado o enorme déficit comercial americano, enquanto, por outro lado, indica que está disposto a negociar.