O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizou uma reunião na quarta-feira (10/12) para discutir um decreto executivo que visa diminuir as restrições federais sobre a maconha. O republicano está considerando reclassificar a droga, colocando-a na mesma categoria de medicamentos aprovados no país.
O encontro, confirmado pelo jornal The Washington Post, contou com a participação de líderes da indústria da maconha, do secretário de Saúde dos EUA, Robert F. Kennedy Jr., e do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson.
Em agosto, Trump já havia mencionado que pensava em reclassificar a maconha como uma substância de risco reduzido, e nesta semana foram definidos os detalhes sobre como essa mudança seria implementada.
De acordo com o The Washington Post, Trump pretende emitir uma ordem executiva para que as agências federais mudem a classificação da maconha. Essa ação não tem como objetivo legalizar ou descriminalizar a droga, mas facilitar o acesso para uso medicinal e aumentar os lucros das empresas autorizadas.
Atualmente, a maconha é classificada pela Agência de Repressão às Drogas (DEA, na sigla em inglês) como uma substância controlada de Classe I, grupo que inclui drogas proibidas como heroína e LSD. Com a nova classificação, a maconha passaria para a Classe III, que abrange substâncias com menor potencial de abuso e autorizadas para alguns tratamentos médicos, como Tylenol com Codeína, hormônios e esteróides.
A reclassificação abriria caminho para deduções fiscais para empresas do setor e ampliaria as pesquisas sobre o uso medicinal da planta.
Atualmente, pelo menos 38 estados dos EUA já legalizaram o uso da maconha para fins medicinais, e dentre eles, 24 também permitem o uso recreativo.
Em 2023, o ex-presidente Joe Biden tentou modificar a classificação da maconha, mas não conseguiu avançar com a proposta antes do fim de seu mandato.

