O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a comentar sobre o encontro com Vladimir Putin para discutir o fim da guerra na Ucrânia. Durante uma entrevista coletiva na Casa Branca, nesta segunda-feira (11/8), Trump afirmou que Putin precisa terminar o conflito e expressou esperança em uma reunião produtiva para resolver as disputas territoriais entre os dois países.
“Eu vou conversar com Vladimir Putin e dizer a ele: ‘Este conflito precisa acabar, é necessário que ele termine’. Teremos esse encontro e, provavelmente já nos primeiros minutos, vou entender se é possível fechar um acordo ou não”, destacou Trump.
A reunião entre os líderes acontece depois que Putin recebeu o enviado especial de Donald Trump, Steve Witkoff, em Moscou, na Rússia, considerando o diálogo como positivo. Putin estava sendo pressionado por Trump para iniciar as negociações de paz, com a ameaça de novas sanções caso a reunião não acontecesse.
Trump também informou que, após o encontro, entrará em contato com líderes europeus para compartilhar se houve progresso em um possível cessar-fogo. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi mencionado durante os discursos do presidente americano.
“Vamos analisar os termos discutidos. Em seguida, ligarei para o presidente Zelensky e para os líderes europeus para informar o tipo de acordo estabelecido. Não cabe a mim decidir o acordo, mas acredito que ele deva beneficiar ambos os lados”, afirmou Trump.
Para Trump, o conflito na Ucrânia nunca deveria ter começado e, para resolver a situação, ele sugere uma troca territorial. A proposta envolveria a Ucrânia abrindo mão de algumas áreas já controladas pela Rússia para restabelecer a paz, enquanto recuperaria outras regiões, encerrando assim as disputas.
O presidente dos Estados Unidos deixou claro que discorda fortemente de Zelensky e ressaltou a necessidade do acordo ser aceito por ambas as partes para que a troca territorial possa ocorrer. “Fiquei surpreso com Zelensky dizendo que precisa de aprovação constitucional para isso. Ele já tem permissão para entrar na guerra e causar perdas, mas não para ajustar as fronteiras?”, questionou Trump.