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quinta-feira, 04/12/2025

Trump ordena saída imediata de cidadãos dos EUA da Venezuela

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O governo dos Estados Unidos emitiu um alerta nesta quarta-feira (3/12) recomendando que seus cidadãos e residentes legais deixem a Venezuela imediatamente. O país foi classificado pelo governo americano com o nível 4 de risco, que é o mais elevado na escala de perigo. Essa recomendação reforça avisos anteriores sobre detenções ilegais, tortura, terrorismo, sequestros, alta criminalidade e o colapso dos serviços de saúde no país.

O comunicado aconselha: “Não viaje para a Venezuela nem permaneça no país”, após uma revisão de segurança.

Segundo o texto, as forças de segurança venezuelanas detiveram cidadãos americanos por até cinco anos sem processo judicial adequado, sem informar o governo dos EUA, e impedindo visitas, contato com familiares ou acesso a advogados independentes.

Desde março de 2019, a embaixada dos Estados Unidos em Caracas está fechada, suspendendo todos os serviços consulares e emergenciais. O comunicado reforça que o governo americano não tem capacidade para prestar assistência a cidadãos americanos na Venezuela.

Principais riscos destacados

  • Alto risco de detenção ilegal sem aviso ao governo dos EUA;
  • Relatos de tortura, incluindo espancamentos, posições dolorosas e simulação de afogamento;
  • Criminalidade extrema, com homicídios, sequestros e roubos armados;
  • Repressão violenta de manifestações políticas;
  • Presença de grupos terroristas colombianos em áreas de fronteira;
  • Escassez recorrente de medicamentos, combustíveis e produtos básicos;
  • Ausência de serviços consulares e impossibilidade de evacuação em emergências.

Aumento da tensão entre Washington e Caracas

Este alerta surge em meio ao aumento das tensões entre os governos dos Estados Unidos e da Venezuela. O governo Trump tem intensificado ameaças de possível intervenção militar e continua pressionando abertamente pela renúncia do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

O pedido de renúncia é uma demanda constante do presidente americano, que teria dado um prazo até a última sexta-feira (28/11) para que Maduro deixasse o cargo, o que não aconteceu.

Em resposta, Maduro declarou em evento público que manterá sua lealdade absoluta e defenderá o país contra qualquer ameaça externa. Ele também pediu o fim das sanções impostas pelos EUA e negou a intenção de deixar o poder.

Durante uma marcha dos Comandos Bolivarianos, convocada para renovar planos de segurança e mobilização, o líder venezuelano afirmou que o poder do país está baseado no povo, nas armas e na decisão de construir a pátria mesmo diante das dificuldades.

Na quarta-feira, Maduro confirmou que teve uma conversa com Donald Trump, considerando o diálogo como um progresso significativo para melhorar as relações entre Caracas e Washington.

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