No mesmo dia em que Donald Trump ordenou o posicionamento de submarinos nucleares em resposta às provocações de Dmitry Medvedev, Rússia e China deram início ao seu exercício militar naval anual. Essa movimentação envolvendo as três grandes potências ocorreu nesta sexta-feira (1º/8).
A operação militar conta com a participação de navios de guerra, contratorpedeiros, embarcações de resgate e fuzileiros navais dos dois países. O exercício conjunto “Joint Sea”, realizado todos os anos desde 2012, está previsto para acontecer até o dia 5 de agosto nas proximidades da cidade de Vladivostok.
A atividade é dividida em duas fases: teórica e prática. Na primeira, segundo o Ministério da Defesa da China, as partes trocam informações por meio de seminários e intercâmbios. A segunda etapa inclui patrulhas marítimas na região do Oceano Pacífico.
Trump e os submarinos nucleares
Em um dos primeiros atos militares contrários à Rússia desde o começo de seu segundo mandato, Trump determinou o posicionamento de submarinos nucleares norte-americanos em uma área ainda não divulgada, após uma série de provocações trocadas com Dmitry Medvedev.
Antes dessa decisão, o ex-presidente russo e membro do Conselho de Segurança do país, Medvedev, havia acusado Trump de levar os Estados Unidos e a Rússia para um conflito devido à sua política tarifária agressiva. O presidente norte-americano respondeu acusando o ex-líder russo de agir de forma imprudente e em território perigoso. Em retaliação, Medvedev ameaçou Trump com uma arma nuclear russa de grande poder destrutivo, considerada uma ameaça severa.