Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, solicitou que todos os moradores de Teerã, a capital do Irã, deixem a cidade imediatamente. A declaração foi feita em sua rede social, Truth Social, em meio a um aumento das tensões entre Israel e Irã.
Ele criticou o Irã por não ter assinado um acordo que considerava importante e destacou que o país não pode possuir armas nucleares. Reforçando sua posição, Trump escreveu: “O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já disse isso várias vezes! Todos deveriam deixar Teerã imediatamente!”
Contexto do conflito
Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel lançaram uma operação preventiva contra o programa nuclear do Irã. Israel já vinha aumentando a pressão sobre o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças relacionadas ao programa nuclear iraniano.
Nos últimos anos, o avanço do programa nuclear iraniano tem sido motivo de preocupação para a comunidade internacional, principalmente para Israel, que é uma potência militar regional e enxerga esse avanço como uma ameaça direta.
Embora Israel e Irã sejam históricos rivais, o recente ataque provocou uma escalada da instabilidade no Oriente Médio.
Apelo do Irã e diplomacia
Horas após o ataque, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Seyed Abbas Araghchi, pediu que Trump interviesse para cessar os ataques israelenses. Segundo ele, uma simples ligação de Washington para o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, poderia influenciar a situação.
Araghchi afirmou que, se um cessar-fogo for alcançado, o Irã estaria disposto a flexibilizar suas posições em futuras negociações sobre o programa nuclear. Ele destacou também que, se Trump realmente quiser encerrar o conflito, os próximos passos diplomáticos serão cruciais.
O chanceler iraniano acusou Netanyahu de ser um “criminoso de guerra” e alegou que as ações militares visam impedir o progresso das negociações entre Teerã e Washington. Além disso, o Irã busca apoio de países como Catar, Arábia Saudita e Omã para pressionar os Estados Unidos a atuar para um cessar-fogo imediato.
Presença militar dos EUA
Enquanto isso, os Estados Unidos aumentam sua presença militar na região. Na segunda-feira, o porta-aviões USS Nimitz, movido a propulsão nuclear, foi transferido do mar do Sul da China para o Oriente Médio, cancelando sua escala prevista no Vietnã.
Com a chegada do USS Nimitz, os EUA passam a contar com dois porta-aviões nucleares no local, já que o USS Harry S. Truman está na região desde maio. Além disso, mais de 30 aviões-tanque da Força Aérea americana decolaram de bases nos EUA para o Atlântico, possivelmente relacionados a exercícios da OTAN na Europa.
O Departamento de Estado dos EUA negou qualquer participação direta nos ataques aéreos israelenses contra o Irã e reafirmou que o apoio americano a Israel tem caráter exclusivamente defensivo.