Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou nesta quinta-feira (9/10) que os EUA e os países aliados do Ocidente estão intensificando a pressão sobre a Rússia para alcançar uma solução no conflito da Ucrânia. A fala ocorreu durante encontro com o presidente da Finlândia, Alexander Stubb, na Casa Branca.
“Estamos ampliando a pressão. Estamos agindo juntos. Todos nós estamos aumentando”, afirmou Trump.
O republicano ressaltou que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tem desempenhado um papel “excelente” e que os EUA estão “vendendo muitas armas para a aliança”, destacando que a maior parte delas é destinada à Ucrânia.
Esse comentário sobre os armamentos que Kiev recebe do governo americano surge em um momento complicado nas relações entre EUA e Rússia.
Na terça-feira (7/10), o Kremlin descreveu como uma “grave escalada” a possibilidade de os Estados Unidos enviarem mísseis de cruzeiro Tomahawk à Ucrânia. O porta-voz Dmitry Peskov alertou que os mísseis “podem ser equipados com ogivas nucleares” e que o fornecimento “aumentaria os riscos de um confronto direto entre as potências”.
Essa troca de declarações acontece menos de dois meses após a reunião entre Trump e Vladimir Putin no Alasca, que indicava uma tentativa de aproximação diplomática. Desde então, os dois líderes vêm trocando críticas publicamente. Trump chamou a Rússia de “tigre de papel”, e Putin rebateu afirmando que “talvez a Otan seja o verdadeiro tigre de papel”.
Pressão pelo fim do conflito na Ucrânia
A declaração sobre pressionar a Rússia para encerrar a guerra, que já dura mais de três anos no leste europeu, foi feita logo após Trump anunciar o cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza, acordo que representa “um avanço importante no Oriente Médio”, segundo ele.
O presidente afirmou que “a guerra em Gaza chegou ao fim” e prometeu acompanhar pessoalmente a assinatura do acordo, que prevê a reconstrução da Faixa de Gaza e a troca de reféns.
Trump comparou esse momento de distensão no Oriente Médio com a guerra no Leste Europeu e afirmou acreditar que a crise entre Rússia e Ucrânia poderia ser resolvida rapidamente, caso houvesse “vontade política de ambas as partes”.