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domingo, 09/11/2025




Trump enfrenta semana difícil com paralisação histórica e derrotas políticas

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A última semana de Donald Trump foi cheia de desafios durante seu segundo mandato. O presidente enfrentou o mais longo fechamento parcial do governo dos Estados Unidos, eleições regionais que fortaleceram os democratas — incluindo a vitória do socialista Zohran Mamdani, um crítico fervoroso — além de um aumento nas tensões nucleares com a Rússia. Em apenas sete dias, Trump passou por situações políticas intensas e incomuns.

Este período também destacou um alerta para os próximos momentos de sua administração. De acordo com pesquisa CNN/SSRS, a aprovação de Trump caiu para 37%, o nível mais baixo desde o início do segundo mandato, e a desaprovação subiu para 63%, superando o recorde desde os protestos de 6 de janeiro de 2021.

A pesquisa, que ouviu 1.245 pessoas, revelou que 68% acreditam que a situação do país está muito ruim, enquanto 32% acham que está razoavelmente bem. As principais preocupações da população são economia e custo de vida (47%), democracia (26%) e imigração (10%).

Na política econômica, 61% dos pesquisados consideram que as medidas adotadas por Trump prejudicaram a economia, enquanto apenas 27% veem melhorias. Além disso, há descontentamento crescente em áreas rurais republicanas, afetadas por tarifas que levaram a demissões e desaceleração industrial.

Na política externa, 56% avaliam que as decisões do presidente afetaram negativamente a imagem internacional dos EUA.

Durante a paralisação do governo, que alcançou 39 dias, o Partido Democrata conquistou vitórias importantes em Nova York, Nova Jersey e Virgínia, indicando desgaste no discurso polarizador defendido por Trump. Em Virgínia, a moderada Abigail Spanberger obteve vitória prometendo estabilidade e diálogo. Em Nova Jersey, Mikie Sherrill focou em questões econômicas e segurança. Em Nova York, o socialista Zohran Mamdani, de 34 anos, tornou-se o primeiro prefeito muçulmano da cidade.

Após essas derrotas, Trump reagiu com ironias e ataques. Em evento em Miami, chamou Mamdani de comunista, afirmando que sua vitória revela o verdadeiro rosto do Partido Democrata. Mesmo assim, admitiu a aliados que a paralisação orçamentária afetou sua base. Ele também culpou os democratas, chamando-os de kamikazes políticos.

O impasse atual é o mais longo da história dos EUA, com mais de 1 milhão de funcionários sem salário, muitos trabalhando sem pagamento, e cortes severos em programas federais de alimentação e educação infantil. Segundo o Escritório de Orçamento do Congresso, a crise já causou um prejuízo de US$ 7 bilhões e poderá dobrar se a paralisação continuar.

A paralisação começou em 1º de outubro após o fracasso do Congresso em aprovar o orçamento federal. No dia seguinte, foram iniciados cortes de pessoal em agências governamentais. Trump afirmou que pretende demitir muitos servidores públicos alinhados ao Partido Democrata. Mesmo depois de uma decisão judicial que suspendeu novas demissões, o governo manteve planos de cortes que podem chegar a 10 mil funcionários.

Enquanto enfrenta problemas internos, Trump ainda aumentou as tensões com a Rússia. O presidente Vladimir Putin ordenou estudos para retomar testes nucleares como resposta ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pelos EUA, o primeiro em mais de trinta anos. O míssil, lançado da Califórnia, percorreu 6,7 mil quilômetros até o Atol de Kwajalein, nas Ilhas Marshall. O Pentágono classificou o teste como rotineiro, mas ele simboliza uma nova fase na corrida armamentista.

Putin considerou o episódio sério e convocou ministros e chefes militares. Do lado americano, o general Stephen Davis afirmou que os EUA mantêm a prontidão da frota atual enquanto modernizam seu arsenal nuclear.




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