O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recebeu o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em uma visita diplomática na Casa Branca nesta terça-feira (18/11). Este encontro acontece enquanto a Câmara dos Representantes se prepara para votar a divulgação dos documentos relacionados ao caso de Jeffrey Epstein.
De acordo com a imprensa internacional, os líderes devem tratar de acordos envolvendo inteligência artificial, energia nuclear e venda de equipamentos de defesa durante a reunião realizada no Salão Oval. Espera-se que ambos os países anunciem investimentos significativos, especialmente em inteligência artificial e cooperação para energia nuclear civil.
Esta é a primeira visita de bin Salman aos EUA desde o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, correspondente do Washington Post, ocorrido em 2018 no consulado saudita na Turquia. Um relatório da CIA indicou o príncipe como responsável pelo crime, o que ele nega, fato que abalou as relações entre os países.
Mesmo assim, o republicano reforçou esforços para fortalecer os laços com o líder de fato do reino saudita. Bandas militares anunciaram a chegada de bin Salman, enquanto caças F-35, o mesmo modelo que Trump planeja vender para Riad, sobrevoaram a Casa Branca.
Segundo o jornal The Athletic, o jogador português Cristiano Ronaldo, destaque do futebol saudita desde 2023 e peça-chave na estratégia de “sportswashing” do reino, pode participar de parte do encontro. O atleta recentemente declarou o desejo de conhecer Trump, a quem chamou de “uma das pessoas que podem mudar o mundo”.
Durante a tarde, Trump e bin Salman participaram de um almoço e reuniões bilaterais. À noite, a primeira-dama Melania Trump ofereceu um jantar em homenagem ao príncipe herdeiro.
Essa visita ocorre em um momento crucial para a política externa dos EUA, com o líder norte-americano tentando persuadir a Arábia Saudita a retomar as negociações para normalizar as relações com Israel, um passo importante dentro dos Acordos de Abraão.
Contudo, Riad mantém sua posição de considerar a normalização apenas após a criação de um Estado palestino.
