O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu está em Washington para uma reunião com o presidente dos Estados Unidos Donald Trump nesta segunda-feira (7/7). O encontro visa encontrar soluções para o cessar-fogo no Oriente Médio, uma questão de extrema urgência.
Três temas principais marcarão a conversa entre os líderes. O objetivo prioritário do presidente Trump é o encerramento do conflito na Faixa de Gaza, conforme suas declarações anteriores.
Além disso, será analisado o novo panorama regional após 12 dias de confronto entre Israel e Irã, conflito em que os Estados Unidos tiveram papel decisivo ao atacar instalações nucleares iranianas.
Outro ponto relevante da pauta é a expansão dos Acordos de Abraão, um marco diplomático do primeiro mandato de Trump. Desde 2020, Israel estabeleceu relações diplomáticas com países como Emirados Árabes Unidos e Bahrein, com a perspectiva de adesão futura da Arábia Saudita, condição que depende do avanço para a criação de um Estado palestino, algo incerto na atual coalizão israelense.
Enquanto o primeiro-ministro Netanyahu está em Washington, negociadores israelenses se reúnem em Doha, no Catar, para tentar superar divergências com o Hamas. Entre os pontos de discórdia estão a distribuição de ajuda humanitária, a retirada das tropas israelenses e a duração do cessar-fogo.
Apesar da rejeição oficial do governo às demandas do Hamas, a delegação israelense participa das negociações, mostrando abertura para diálogo.
Famílias de reféns israelenses acompanham atentamente o processo e aguardam atualizações constantes.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, está publicamente favorável a um acordo de cessar-fogo.
Ele afirmou em rede social que a maioria do governo apoia o plano para libertação dos reféns e que essa oportunidade não deve ser perdida.
No entanto, dois ministros da coalizão, Itamar Ben Gvir e Bezalel Smotrich, se opõem ao cessar-fogo e podem tentar derrubar o governo caso o acordo seja aprovado.
Diante disso, o líder da oposição, Yair Lapid, anunciou disposição para oferecer apoio ao governo, enquanto Benny Gantz, líder do partido Azul e Branco, destacou que nenhuma força mundial conseguirá impedir o retorno dos reféns.
Ele enviou uma mensagem a Netanyahu, ressaltando que atitudes pequenas não podem barrar decisões decisivas em benefício do povo e do parlamento israelense.