Durante uma coletiva realizada nesta sexta-feira (20/6), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que será complicado solicitar que Israel cesse seus ataques aéreos contra o Irã, mesmo enquanto busca por uma solução diplomática para encerrar o conflito.
“Acredito que pedir isso é muito difícil no momento, especialmente quando alguém está em vantagem”, declarou Trump a repórteres em Nova Jersey, onde participava de um evento de arrecadação em seu campo de golfe.
Contexto do conflito atual
Após várias ameaças, Israel lançou na semana anterior um ataque preventivo contra o Irã, focado no programa nuclear iraniano, com a intenção de impedir a criação de uma arma nuclear.
Em retaliação, o Irã utilizou drones e mísseis contra Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou que a ofensiva continuará, prometendo ataques a todas as bases iranianas.
Até agora, parte do programa nuclear foi afetada, mas danos maiores dependem de bombardeios adicionais ou do envolvimento direto dos EUA, pedido que Israel tem feito.
A diplomacia iraniana declarou que a paz poderia ser rapidamente restaurada se os Estados Unidos ordenassem que Israel parasse os ataques.
Trump disse que decidirá sobre a possível intervenção dos EUA na guerra entre Israel e Irã nas próximas duas semanas, informação confirmada pela porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Declarações do presidente Trump
“É mais difícil agir quando alguém está em vantagem. Mas estamos preparados, dispostos e prontos. Mantemos diálogo com o Irã e aguardamos os desdobramentos”, explicou Trump.
Ele ainda ressaltou que os avanços militares de Israel dificultam um pedido de cessar-fogo dos EUA. “É complicado interromper, considerando que Israel tem se saído bem na guerra. O Irã, por outro lado, enfrenta dificuldades, e pedir para alguém parar nessas condições é desafiador.”
O ex-presidente também minimizou as tentativas da União Europeia de mediar o conflito, destacando que os europeus não conseguiram influenciar o Irã. “Eles não ajudaram. O Irã quer negociar conosco, não com a Europa, que não terá eficácia nessa questão.”
Quando interrogado se seu papel no conflito poderia lhe render um Prêmio Nobel da Paz, Trump desviou dizendo: “Eu deveria receber o Nobel pelas minhas ações em Ruanda, Congo e Sérvia. Existem muitos laureados com o Prêmio Nobel da Paz.”