Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, declarou nesta terça-feira (26/8), durante reunião de gabinete, que tanto a Ucrânia quanto a Rússia têm responsabilidade na ausência de progressos para um acordo de paz que estabeleça um cessar-fogo eficaz. Ele aumentou o tom e ameaçou aplicar novas sanções contra Moscou caso o governo russo prolongue o conflito.
“Zelensky também não é totalmente inocente. É preciso que ambos os lados participem”, afirmou Trump.
O comentário foi feito enquanto Trump reafirmava ameaças de penalidades econômicas contra Moscou, se o Kremlin persistir em não encerrar a guerra.
“Não será uma guerra mundial, mas sim uma guerra econômica. Isso afetará a Rússia negativamente”, alertou o americano.
Apesar dessa postura mais dura, Trump evitou estabelecer prazos ou medidas imediatas de sanções, ressaltando que ainda acredita em uma solução negociada. “Não quero impor tarifas ou sanções que prejudiquem a economia da Rússia. Ainda vejo possibilidade para um acordo de paz”, declarou.
Caminho para paz segue incerto
A possível realização de uma cúpula entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, com a mediação dos Estados Unidos e possível participação de Donald Trump, ainda enfrenta obstáculos diplomáticos importantes, incluindo a disputa territorial e o futuro da Ucrânia na OTAN.
Trump já havia prometido aumentar a pressão econômica sobre Moscou, mas vem adiando decisões concretas. Ele repetidamente estendeu os prazos dados ao Kremlin para apresentar uma solução.
Após encontros separados com Putin e Zelensky, Trump afirmou que iniciou conversas para viabilizar uma cúpula entre os três líderes. Ele busca se posicionar como um mediador da paz, tentando resolver disputas internacionais.
Moscou mantém como condições para um cessar-fogo o reconhecimento das perdas territoriais no Donbass, o abandono da entrada da Ucrânia na OTAN e a neutralidade militar do país.
Além disso, a Rússia parece questionar a legitimidade de Zelensky, buscando obter concessões políticas e territoriais para iniciar as negociações.
Trump comentou sobre o conflito: “O que eu imaginei que fosse o mais simples está sendo o mais complicado”. Mesmo assim, ele permaneceu otimista: “Acredito que conseguirei avançar”.