O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que seria um insulto ao país caso ele não fosse agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. A afirmação foi feita nesta terça-feira (30/9), durante um discurso diante de centenas de generais na Base do Corpo de Fuzileiros Navais de Quantico, em Virginia, nos EUA.
“Você vai ganhar o Prêmio Nobel? De jeito nenhum. Eles vão dar para alguém que não fez nada. Mas vamos ver o que acontece, seria um grande insulto para o país, eu lhes digo. Eu não quero isso, quero que o país seja o vencedor. Nós deveríamos ganhar”, destacou.
Trump defende que merece o prêmio por ter apresentado soluções para sete conflitos globais, que, segundo ele, mataram milhares de pessoas. O presidente dos EUA afirmou que nunca na história um líder teve essa atuação e criticou frequentemente a Organização das Nações Unidas (ONU), alegando que os líderes dos países afetados pelas guerras não recebiam chamadas do órgão.
Durante o discurso na base militar, Trump mencionou que talvez tenha conseguido resolver o maior conflito de todos os tempos, referindo-se à disputa entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O acordo, apresentado na segunda-feira (29/9), propõe 20 exigências e tem como objetivo principal transformar Gaza em uma zona livre de terrorismo e desradicalização.
“Queremos a paz porque não queremos guerras. Mas às vezes é necessário agir. Eu já resolvi várias guerras desde que assumimos. Estamos aqui há quase nove meses e já consegui resolver, e talvez ontem tenhamos resolvido o maior conflito, embora eu não possa afirmar com certeza.”
Camboja é um dos países que evitou o avanço de uma guerra graças a Trump, e o vice-primeiro-ministro cambojano declarou que planeja indicá-lo para o Nobel da Paz. Além de Camboja, o Paquistão anunciou em junho sua intenção de recomendá-lo pelo auxílio na resolução de um conflito com a Índia, e Israel pretende fazer o mesmo.
Mesmo com os esforços para promover cessar-fogo nos conflitos, Trump ordenou bombardeios no Irã, e o Iêmen realizou ataques a barcos no Caribe que supostamente transportavam drogas, embora não haja provas concretas. Em um desses ataques, 11 pessoas morreram, o que pode complicar sua candidatura ao prêmio.