O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (12/10) que seu objetivo é apoiar a China, e não causar danos, poucos dias após implementar tarifas de 100% sobre produtos chineses.
Em uma postagem na Truth Social, plataforma do republicano, Trump destacou que o líder chinês, Xi Jing Ping, enfrentou um momento difícil devido ao aumento das tarifas e que ele não deseja que o país sofra uma crise econômica, referindo-se às possíveis retaliações de Pequim.
“Não se preocupem com a China, tudo vai ficar bem! O respeitado presidente Xi apenas está passando por um momento complicado. Ele não quer uma crise econômica para seu país — e eu também não quero. Os EUA querem ajudar a China, não prejudicá-la!!!”, declarou Trump.
Mais cedo, o porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que “se os EUA continuarem com atitudes unilaterais, a China tomará medidas firmes para proteger seus direitos e interesses legítimos” e que “usar ameaças de tarifas elevadas não é a forma adequada de negociar com a China”.
O comunicado de Trump sobre as tarifas veio após o governo chinês anunciar uma série de restrições à exportação de terras raras, baterias de lítio e materiais superduros, que são essenciais para a fabricação de produtos eletrônicos e tecnológicos — um setor de grande interesse para Trump, que descreveu a ação como “extremamente agressiva”.
Nesse contexto, o presidente dos EUA comentou: “Recebemos a notícia de que a China adotou uma postura muito agressiva no comércio internacional, enviando uma carta bastante hostil ao mundo, na qual anunciou que, a partir de 1º de novembro de 2025, implementaria controles rigorosos sobre praticamente todos os produtos que fabrica, incluindo alguns que nem produz. Essa medida impacta todos os países sem exceção e reflete um plano que eles elaboraram há anos. É algo sem precedentes no comércio global e representa uma deslealdade moral com outras nações”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social.