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quarta-feira, 25/06/2025




Trump destaca petróleo e rejeita mudança de governo no Irã por causar instabilidade

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (24/6) que não apoia uma mudança de governo no Irã, recuando de suas afirmações anteriores que sugeriam essa possibilidade. Ele falou com a imprensa na porta do avião presidencial dos EUA, o Air Force One, antes de seguir para a Holanda, onde participará de uma reunião da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Uma mudança de governo gera instabilidade, e preferimos evitar essa desordem”, afirmou Trump aos jornalistas. “Desejo que tudo se acalme rapidamente”, completou.

Essa declaração surge após um fim de semana de tensão entre os dois países, com os EUA atacando três instalações nucleares iranianas. Naquele momento, Trump chegou a insinuar uma possível substituição da liderança em Teerã, postando em sua rede social Truth Social:

“Se o atual governo iraniano não consegue FAZER O IRÃ FICAR FORTE NOVAMENTE, por que não haveria uma mudança no governo??? MIGA!!!”, escreveu, em tom irônico.

Apesar de suavizar sua retórica, Trump manteve posição firme contra o desenvolvimento de armas nucleares pelo Irã.

“Eles nunca terão energia nuclear, mas, fora isso, devem prosperar. Eles possuem muito petróleo e são bons negociadores e empresários”, disse, ressaltando as qualidades dos iranianos.

Cenário de incerteza

Uma mudança súbita no governo do Irã não garantiria aliados para os Estados Unidos ou Israel. O vácuo de poder poderia favorecer facções radicais e acelerar o interesse iraniano em obter uma bomba nuclear como retaliação aos ataques recentes.

Além disso, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que detém grande parte do poder, pode ser substituído se for morto ou deposto, mas o colapso do regime como um todo é tido como um risco maior para a estabilidade da região.

Trump e sua fama de mediador

Nesta segunda-feira (23/6), o presidente norte-americano anunciou um acordo de cessar-fogo entre Israel e Irã, que encerrou quase duas semanas de combates diretos entre as rivalidades do Oriente Médio.

Ao comunicar a trégua, Trump descreveu o conflito como uma “batalha de 12 dias” e ressaltou que sua mediação foi fundamental para impedir uma escalada maior.

Trump aproveitou a ocasião para reforçar sua imagem de pacificador — mesmo após ter conduzido uma grande operação contra o Irã.

“Este conflito poderia ter se estendido por anos e devastado toda a região do Oriente Médio, porém isso não ocorreu e não irá acontecer!”, declarou o presidente americano.




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